Mundo

Barreto: crime eleitoral é investigado no caso de sigilo

Ministro da Justiça confirma que Polícia Federal tem diversas linhas de investigação

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, admitiu hoje que está sendo investigada a ocorrência de crime eleitoral no vazamento de dados da Receita Federal. Ele disse que, embora sejam diversas as linhas de investigação, essa linha (de suposto crime eleitoral) também é uma delas.

Barreto confirmou que a Polícia Federal (PF) tem um inquérito aberto sobre o vazamento de dados da Receita Federal e disse acreditar em um esclarecimento transparente pelas duas instituições. "Há uma sindicância fazendo apuração na Receita Federal, e a Polícia Federal também tem um inquérito sobre o caso. E tenho muita convicção de que tanto a polícia quanto a Receita vão esclarecer os fatos de maneira bem transparente."

Ele justificou o fato de existirem várias linhas de investigação ao comentar que "fatos novos" mostraram que a quebra de sigilo poderia ter uma outra conotação. Questionado sobre que outra conotação seria essa, ele respondeu: "Todas", acrescentando que "agora tem um maior número de pessoas envolvidas".

O ministro deu as declarações pouco antes da chegada do atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao Palácio do Planalto, onde realiza reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Caso

Na noite de ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que documentos da investigação feita pela corregedoria da Receita Federal revelam que o sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra (PSDB), foi violado no dia 30 de setembro de 2009.

A violação dos dados fiscais da filha de Serra antecedeu os acessos ilegais aos IRs de outras quatro pessoas, todas ligadas ao PSDB ou próximas do candidato José Serra. No dia 8 de outubro de 2009, servidores do Fisco abriram os dados sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil na gestão tucana, e Gregório Marin Preciado, que é casado com uma prima de Serra.

Leia mais sobre política

Siga as últimas notícias de Eleições no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2010JustiçaPolícia FederalPolíticaPolítica no Brasilreceita-federal

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru