Sagrada Família: Em agosto, grupo preparava explosivos para atentar contra monumentos e igrejas (Regis Duvignau/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 13h53.
Barcelona - A segurança da Sagrada Família foi reforçada com dez arcos detectores de metais, aparelhos de scanner, câmeras e 12 agentes a mais, chegando até 40, medidas tomadas após os atentados de agosto na Catalunha que deixaram 16 mortos.
Responsáveis do templo disseram nesta quarta-feira (3), no entanto, que as novas medidas de segurança, em funcionamento desde o primeiro dia do ano, "não são consequência" direta dessas ações terroristas, ainda que as mesmas tenham sido levadas em conta.
Um grupo de jihadistas matou 15 pessoas em Barcelona e outra em Cambrils, na região espanhola da Catalunha, em 17 de agosto. Também preparavam explosivos para atentar contra monumentos e igrejas, entre elas a Sagrada Família, segundo declarou perante o juiz um dos detidos em relação com os atentados.
As medidas de segurança, inspiradas nas do Vaticano e similares às dos aeroportos, tiveram um custo de dois milhões de euros (US$ 2,4 milhões), e incluem a instalação de mais câmeras em todo o recinto.
Anteriormente, o controle dos 1,5 mil visitantes que entram por hora neste templo católico era feita de forma manual e visual.
Nessas revistas tinham chegado a ser encontradas facas de diversas dimensões, aerossóis de autodefesa e inclusive pistolas elétricas, explicou o diretor de Segurança do templo, Marc Martínez.
Obra de Antonio Gaudí (1852-1926), a Sagrada Família é um símbolo de Barcelona, com 4,5 milhões de visitantes por ano, e um dos templos cristãos mais conhecidos do mundo.