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Banksy condena uso de gás lacrimogêneo contra refugiados

Inspirado pela imagem do musical "Os Miseráveis", o mural representa uma das personagens com os olhos marejados de lágrimas


	Crítica: o novo mural de Bansky numa parede em frente à embaixada francesa em Londres.
 (REUTERS)

Crítica: o novo mural de Bansky numa parede em frente à embaixada francesa em Londres. (REUTERS)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 13h31.

São Paulo - Um novo trabalho do anônimo, porém célebre, artista urbano britânico Banksy apareceu neste fim de semana em uma parede em frente à embaixada francesa em Londres.

O mural baseia-se no cartaz do musical "Os Miseráveis" e mostra uma menina com lágrimas nos olhos devido à fumaça do gás lacrimogêneo que vaza de uma lata desenhada logo abaixo.

Através da obra, o artista acusa a polícia francesa de utilizar gás lacrimogêneo contra os refugiados no campo de Calais durante tentativa de fechar parte do local no começo de janeiro. 

Localizado ao norte do país, o campo de Calais também é conhecido como a "A selva" e abriga cerca de 4 mil imigrantes que aguardam por uma oportunidade de cruzar o canal da mancha rumo à Inglaterra.

O novo trabalho de Banksy também traz um elemento inédito - ele é interativo e inclui um código QR. Quando uma pessoa escaneia o código com o celular, ela é redirecionada para um vídeo do YouTube que mostra uma batida policial em 5 de janeiro no campo.

(REUTERS)

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O mural é a investida mais recente da série de peças que Banksy assinou para criticar as medidas adotadas pela Europa para combater a crise de refugiados

Em dezembro, o artista retratou o fundador da Apple, Steve Jobs, que era filho de imigrantes sírios, na parede de um túnel no campo de refugiados em Calais.

Banksy recordou que a Apple, uma das empresas mais poderosas e rentáveis ​​do mundo, existe apenas porque "eles tinham legitimado os jovens Homs", disse, chamando a atenção para os benefícios da imigração e sua capacidade de enriquecer as sociedades. 

Reprodução

Grafite de Banksy em Calais, na França, lembrando que Steve Jobs era filho de refugiados sírios ( (REUTERS) )

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