Os participantes elevaram suas mãos em orações e pediram a salvação dos que perderam suas vidas quando o edifício de oito andares ruiu (Munir Uz Zaman/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2013 às 19h09.
Bangladesh - Milhares de pessoas se reuniram nesta terça-feira no local onde o edifício Rana Plaza desabou, no dia 24 de abril, para homenagear as 1.127 pessoas que perderam suas vidas no pior acidente da indústria mundial de confecção.
O serviço religioso islâmico foi realizado um dia depois de o Exército ter encerrado as meticulosas buscas por corpos, que duraram quase três semanas, e ter transferido o controle da área para o governo civil, que deve concluir a limpeza do local.
Soldados vestindo roupas camufladas, policiais e bombeiros uniformizados se perfilaram perto dos parentes dos mortos. Muitos dos que participaram dos trabalhos de resgate apresentavam expressões de dor em suas faces e pelo menos um soldado chorou.
Os participantes elevaram suas mãos em orações e pediram a salvação dos que perderam suas vidas quando o edifício de oito andares ruiu. Eles também pediram bênçãos divinas para os feridos que ainda estão no hospital.
O major general Chowdhury Hasan Suhrawardy, o comandante militar que supervisionou os trabalhos, agradeceu a todos os envolvidos no resgate. Ele disse que o Exército preparou uma lista com os nomes de 1.000 sobreviventes que será entregue ao governo, com a recomendação de que sejam empregados com prioridade.
Com a crescente pressão sobre Bangladesh e as marcas que produzem suas roupas no país, algumas das maiores varejistas ocidentais aderiram ao plano que vai exigir que elas paguem por melhorias em fábricas instaladas em Bangladesh.
A Italiana Benetton, a britânica Marks & Spencer e a espanhola Mango foram as mais recentes empresas a assinar um contrato que exige que elas realizem inspeções de segurança independentes na fábricas e cubram os custos das reformas. O pacto também exige que as varejistas gastem até US$ 500 mil por ano com as medidas e parem de fazer negócios com fábricas que se recusarem a fazer as melhorias de segurança.
A gigante do varejo sueco H&M, a maior compradora de roupas de Bangladesh, as britânicas Primark e Tesco; a holandesa C&A e a espanhola Inditex, proprietária da rede Zara, anunciaram na segunda-feira que adeririam ao pacto.
Outras duas empresas já haviam concordado em assinar o acordo no ano passado: a PVH, que produz roupas com as marcas Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Izod, e a alemã Tchibo. Dentre as empresas que não assinaram estão WalMart, a segunda maior compradora de roupas em Bangladesh, e a Gap. As informações são da Associated Press.