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Bangcoc enfrenta risco das inundações que já causaram 381 óbitos

Mais de 1 milhão dos 12 milhões de habitantes da metrópole deixaram a cidade nos últimos cinco dias

Nas províncias centrais da Tailândia foi antecipada a colheita do arroz para evitar a sua perda (Paula Bronstein/Getty Images)

Nas províncias centrais da Tailândia foi antecipada a colheita do arroz para evitar a sua perda (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2011 às 11h27.

Bangcoc - As autoridades da Tailândia elevaram neste domingo para 381 o número de mortes causadas pelas inundações que atingem as províncias do planalto central e o entorno de Bangcoc, reduto onde o Governo prevê que a situação deve melhorar nos próximos dias.

O Centro para a Prevenção e Mitigação de Desastres revelou que duas pessoas estão desaparecidas e 144 bairros de 26 províncias continuam alagadas.

Embora a maior parte dos distritos do centro de Bangcoc escapou, por enquanto, às inundações, extensas áreas ao norte e ao leste com alta densidade populacional ficaram alagadas pela tromba d'água que desce em direção ao mar e pelo transbordamento do rio Chao Phraya nas proximidades da metrópole.

A primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, falou após a reunião do Gabinete de crise, que embora seja provável que ocorram inundações em outras áreas da capital, estás não serão tão graves como as das províncias vizinhas, nas quais a altura da água chegou a três metros.

Yingluck pediu calma a população de Bangcoc e condenou a destruição de diques de proteção por moradores irritados pela gradual elevação do nível de água em seus bairros.

'É preciso ter paciência. Acreditamos que a situação vai melhorar a partir da segunda-feira', disse a chefe do Governo.

Nesta mesma semana, a primeira-ministra declarou que por até um mês as áreas do entorno de Bangcoc ficariam alagadas pelo enorme volume de água que descia a partir do planalto central em direção ao golfo da Tailândia e pelo transbordamento do rio Chao Phraya.

Menos otimista se mostrou em entrevista coletiva o governador da capital, Sukhumbhand Paribatra, quem advertiu ser cedo para falar em fim dos riscos, especialmente em todos os distritos situados às margens do rio.

Em Bangcoc, conforme informações da imprensa local, 1 milhão dos 12 milhões de habitantes da metrópole deixaram a cidade nos últimos cinco dias. As inundações afetam nove bairros dos 50 da capital tailandesa.

Os analistas que assessoram o Governo calculam que o volume de água que ameaça a cidade é de 4 bilhões de metros cúbicos. Segundo eles, é possível que a região receba até 15 bilhões de metros cúbicos, quantia que supera amplamente a capacidade dos canais de Bangcoc, pelos quais diariamente podem passar 250 milhões de metros cúbicos.

O diretor do Centro de Operações para as Inundações e por sua vez ministro da Justiça, general Pracha Promnok, avisou neste domingo que o volume de água vai subir nas próximas horas, por isso podem ocorrer novos transbordamentos.

Países como Espanha, Reino Unido e Alemanha aconselharam seus cidadãos a adiarem viagens a Bangcoc e outras províncias afetadas desde que as mesmas não sejam essenciais.

As inundações, consideradas as piores no país em meio século, obrigaram a mais de 150 mil pessoas a refugiarem-se em abrigos improvisados.

Com custo econômico que deve ultrapassar os US$ 6 bilhões, o desastre começou no fim de julho com o transbordamento de rios e pântanos do norte e na região central, por causa das intensas chuvas de monção e de três tempestades tropicais seguidas.

O número de pessoas afetadas pelas inundações gira em torno de 2,5 milhões. Destas, cerca de 700 mil receberam atendimento médico pelas infecções e outras doenças contraídas por contato e consumo de água contaminada. EFE

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