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Banco Mundial destinará US$ 49,3 bi a países pobres

Quantia representa 18% a mais que o reunido pela instituição em 2007

Okonjo-Iweala, diretora-gerente do Banco Mundial: US$ 49,3 bi serão distribuídos em 3 anos (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Okonjo-Iweala, diretora-gerente do Banco Mundial: US$ 49,3 bi serão distribuídos em 3 anos (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 14h31.

Bruxelas - O Banco Mundial (BM) anunciou nesta quarta-feira que destinará US$ 49,3 bilhões durante três anos para doações e empréstimos sem juros aos 79 países mais pobres do mundo.</p>

Esta quantia representa 18% mais do montante reunido em 2007, informou em entrevista coletiva em Bruxelas a diretora-gerente do BM, Ngozi Okonjo-Iweala.

A entidade ainda não indicou quanto especificamente cada país ou instituição financeira outorgará, já que a decisão será adotada formalmente em fevereiro.

Os US$ 49,3 bilhões serão depositados na Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês), um fundo administrado pelo BM ao qual contribuem os países ricos, além do próprio organismo.

Okonjo-Iweala afirmou que este montante para três anos ajudará muitas pessoas a saírem da pobreza e melhorar sua situação e aos países em desenvolvimento, a tentar alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio fixados pela ONU para 2015.

Além disso, se mostrou convencida de que esta contribuição "segue também no interesse dos países ricos", já que não só contribui para reduzir a pobreza de milhões de pessoas, mas também a ajudar os países em desenvolvimento a fazer parte do mercado mundial.


O vice-presidente de Financiamento de Concessões e Associações Estratégicas do BM, Axel van Trotsenburg, assinalou que os 51 doadores que participam deste fundo ainda devem verificar os números para sua aprovação formal.

Ele espera que o dinheiro esteja disponível a partir de julho de 2011.

Van Trotsenburg indicou que, por regiões geográficas, a África costuma monopolizar 50% dos fundos, a Ásia 45% e o Oriente Médio e América Latina o restante, enquanto, por projetos, 40% é destinado a obras de infraestrutura, 30% a proteção social e educação, 10% a agricultura e o resto a atividades como reforçar a capacidade das instituições e o Estado de Direito.

O presidente do BM, Robert Zoellick, acrescentou em comunicado que este novo montante ajudará a vacinar 200 milhões de crianças, estender serviços sanitários a mais de 30 milhões de pessoas, dar acesso a melhores recursos de água a 80 milhões de pessoas, construir 80 mil quilômetros de estradas e linhas de ferro e contratar mais de 2 milhões de professores.

Nos últimos dez anos, a IDA contribuiu para salvar 13 milhões de vidas, vacinar 310 milhões de crianças, melhorar o acesso à água potável para mais de 100 milhões de pessoas, construir ou reabilitar mais de 100 mil quilômetros de estradas ou ajudar as pessoas a ter acesso aos mercados e serviços, segundo dados da organização.

Desde seu começo, em 1960, a IDA proporcionou mais de US$ 220 bilhões aos países pobres.

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