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Banco Central dos EUA mantém taxa de juros entre 0% e 0,25%

Comitê de Política Monetária disse que vai manter os juros 'excepcionalmente baixos' até 2013

O presidente do banco central americano decidiu não mexer nos juros para sustentar a recuperação econômica  (Mark Wilson/Getty Images)

O presidente do banco central americano decidiu não mexer nos juros para sustentar a recuperação econômica (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 15h55.

São Paulo* - O Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, decidiu, nesta terça-feira (9), manter a taxa de juros básica do país na faixa entre zero e 0,25%. Segundo o Comitê de Política Monetária, os juros serão mantidos "excepcionalmente baixos" até 2013.

A autoridade monetária emitiu comunicado declarando que a decisão foi tomada para promover a recuperação econômica continuada e manter os níveis de inflação em patamares aceitáveis. Segundo o documento, a percepção do Fed é a de que o crescimento econômico nos sete primeiros meses de 2011 foi "consideravelmente mais lento que o esperado".

Dados sobre o mercado de trabalho e o desemprego, bem como os números do consumo doméstico foram alguns dos indicadores que mais pesaram na decisão do banco. "O gasto das famílias diminuiu, os investimentos em infraestrutura não-residencial ainda são fracos e  o setor de habitação continua deprimido. 

As perspectivas para os próximos trimestres são de lenta recuperação. "Prevemos que o nível de desemprego vai diminuir gradualmente, mas apenas a níveis que o Comitê julgue coerentes com seu mandato", diz o comunicado do Fed.

No texto, não houve menção a uma nova rodada de recompra de títulos do tesouro norte-americano. Esta medida, chamada de "quantitative easing", ou relaxamento quantitativo, tem como efeito final o aumento de liquidez no sistema financeiro. Na prática, ela é tomada para incentivar investidores e consumidores a voltarem a gastar.

Sete membros do Comitê de Política Monetária do Fed votaram a favor da decisão, inclusive o presidente do banco, Ben Bernanke. Três outros membros votaram contra.

*Atualizada às 15h55

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