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Banco Bankia busca venda de participação após resgate recorde

Quarto maior credor da Espanha irá vender participações para atender às regras da concorrencia

Depois de resgate estatal que custou bilhões de euros, Bankia irá vender participações em empresas (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

Depois de resgate estatal que custou bilhões de euros, Bankia irá vender participações em empresas (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2012 às 14h40.

Madri - O quarto maior credor da Espanha, o banco Bankia, preparou neste sábado a venda de participações que detém em empresas para atender às regras europeias de concorrência, depois do resgate estatal que até agora custou 23,5 bilhões de euros (29,40 bilhões de dólares).

A controladora do Bankia, a BFA, pediu ao governo uma ajuda maior do que o esperado na sexta-feira no valor de 19 bilhões de euros, além dos 4,5 bilhões de euros que o Estado já injetou para cobrir eventuais perdas sobre bens recuperados, empréstimos e investimentos.

No maior resgate bancário da história da Espanha, o Estado pode acabar ficando com 90 por cento do Bankia depois que recapitalizar a controladora BFA, e então comprar as ações preferenciais do Bankia em outubro. Segundo a lei espanhola, deve-se vender o Bankia em três anos.

Empréstimos ruins em bancos espanhóis, que estão subindo em meio à crise econômica com 24,4 por cento de desemprego, são o centro das preocupações de que a Espanha poderá ter de procurar ajuda internacional, levando a crise da dívida da zona do euro a um novo estágio de perigo.

Entre as perdas potenciais recentemente reconhecidas do Bankia e BFA, estão 1,6 bilhão de euros subscritos em participações societárias, incluindo um pedaço de 12 por cento do International Airlines Group e 5,3 por cento da empresa de energia Iberdrola.

O Bankia, que refez suas contas de 2011 para refletir a perda de 3 bilhões de euros em vez do lucro previamente reportado de 300 milhões de euros, disse que reguladores da União Europeia (UE) irão aprovar o plano de resgate em junho.

"No futuro, está logicamente nos nossos planos, e também devido a requisitos europeus, ter que vender participações", disse o presidente Jose Ignacio Goirigolzarri a analistas financeiros.

Perguntado sobre temores de uma saída de depósitos do Bankia, Goirigolzarri reconheceu que havia uma "certa tensão" no início de maio por alguns dias depois que a estatização foi anunciada. O Bankia detém 10 por cento dos depósitos do sistema bancário da Espanha.

Mas ele disse que as coisas haviam se normalizado e que esperava que os depósitos em junho fossem mais elevados do que no final do ano passado.

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