O caminhoneiro Hugo Moyano: "Greve nacional", "Aumento já" diziam os cartazes e pichações nas portas dos estabelecimentos (AFP/Str)
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 19h19.
Buenos Aires - Bancários argentinos fizeram uma greve nesta quinta-feira por melhores salários, e o sindicato ameaça intensificar os protestos se não houver resposta à sua reivindicação.
"A greve tem sido importante", disse o secretário-geral da Associação Bancária, Sergio Palazzo, ao mesmo tempo em que advertiu para um endurecimento das medidas de força.
Em declarações à televisão, o dirigente destacou que, dentro de dez dias, quando terminar o prazo de conciliação obrigatória fixada pelo Ministério do Trabalho, se não houver acordo, o sindicato "convocará uma greve de 48 horas".
Uma visita realizada por jornalistas da AFP a uma região bancária da capital argentina permitiu comprovar que uma grande quantidade de bancos tinha fechado suas portas.
"Greve nacional", "Aumento já" diziam os cartazes e pichações nas portas dos estabelecimentos.
Os trabalhadores protestaram nas ruas da região financeira da capital e lançaram palavras de ordem em que explicavam as razões do protesto.
Algumas entidades oficiais, como o Banco da Nação Argentina, atenderam o público.
Os bancários afirmam que o setor teve bons ganhos este ano e exigem um aumento de salário e um pagamento extraordinário de US$ 360 por conta do que se acertará este ano nas negociações entre trabalhadores, empresários e o Estado.
A Associação Bancária está alinhada com a central operária CGT, chefiada pelo caminhoneiro Hugo Moyano, ex-aliado da presidente Cristina Kirchner, mas que atualmente faz dura oposição ao governo.
No país há 100 mil bancários, segundo a Associação de Bancos da República Argentina (ABRA).