Ban Ki-moon: "estou cada vez mais alarmado pelos eventos na Ucrânia", disse Ban em comunicado, no qual pediu mais uma vez que a tensão seja reduzida (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 14h27.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira que os últimos eventos na Crimeia pioraram a crise ucraniana e alertou que a comunidade internacional não pode permitir "erros de cálculo ou a inação".
"Estou cada vez mais alarmado pelos eventos na Ucrânia", disse Ban em comunicado, no qual pediu mais uma vez que a tensão seja reduzida e que haja um diálogo que permita um processo pacífico.
"Enquanto a tensão e a desconfiança crescem, peço a todas as partes que evitem ações apressadas e uma retórica de provocação", acrescentou o diplomata coreano.
Segundo Ban, a comunidade internacional deve "ajudar os principais atores a acalmar a situação e trabalhar a favor de uma solução política duradoura e justa".
"Uma maior deterioração da situação teria sérias repercussões para os ucranianos, para a região e para a comunidade global", alertou.
"Nesta encruzilhada crucial não podemos permitir erros de cálculo ou a inação", assegurou o secretário-geral da ONU, que ressaltou que a solução ao conflito deve ser pacífica e respeitar a "unidade, soberania e integridade territorial da Ucrânia", como assinalam os princípios da Carta das Nações Unidas.
Ao mesmo tempo, Ban pediu que as autoridades ucranianas "assegurem que os direitos humanos de todos sejam respeitados na Ucrânia, com uma atenção particular para os direitos e proteção das minorias".
O Conselho de Segurança da ONU voltará a abordar hoje a crise em reunião extraordinária a portas fechadas.
Enquanto isso, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, se encontra na Ucrânia e deve viajar nos próximos dias para a Crimeia, antes de abandonar o país em 15 de março.
O novo porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric, não quis responder as perguntas sobre o referendo previsto na Crimeia para o próximo domingo, com o qual a autonomia rebelde quer se unir à Rússia, e ressaltou que a prioridade do secretário-geral é atualmente diminuir a tensão.