Mundo

Ban Ki-moon vê como "muito grave" a situação na Síria

O secretário-geral da ONU e o presidente da China, Hu Jintao, se reuniram nesta quarta-feira em Pequim para pactuar a extensão da missão de observadores em Damasco

Ban Ki-moon: "Todos os líderes da China compartilharam a minha visão de que a situação é muito grave" (©AFP / Kim Kyung-Hoon)

Ban Ki-moon: "Todos os líderes da China compartilharam a minha visão de que a situação é muito grave" (©AFP / Kim Kyung-Hoon)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 08h28.

Pequim - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente da China, Hu Jintao, se reuniram nesta quarta-feira em Pequim e convieram que a situação na Síria é "muito grave", horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança para pactuar a extensão da missão de observadores em Damasco.

Ban considerou muito positivos seus encontros com Hu e com o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi.

"Todos os líderes da China compartilharam a minha visão de que a situação é muito grave", disse Ban em comunicado após as reuniões.

"Espero sinceramente que os membros do Conselho (de Segurança da ONU) sejam conscientes da urgência e que cheguem a uma ação coletiva com sentido da unidade. Não podemos continuar assim. Muita gente perdeu a vida durante um longo período de tempo", concluiu Ban.

Embora Ban e Hu tenham se mostrado de acordo quanto à gravidade da situação na Síria, a China apoia a Rússia em sua oposição a condicionar a prorrogação da missão da ONU (que expira nesta sexta-feira) no país árabe à imposição de sanções contra Damasco se o regime não cumprir certos requisitos.

De fato, um artigo publicado ontem por um diário oficial chinês sublinhava que Pequim se opõe ao "uso da força na Síria" e pedia, como faz tradicionalmente, "uma solução política para o problema sírio".

Enquanto a China (que junto à Rússia recorreu duas vezes a seu veto como membro permanente do Conselho para bloquear resoluções contra o regime de Bashar al-Assad) se defende em sua política de não ingerência em assuntos externos, Moscou resguarda sua aliança com a Síria, onde tem sua única base militar fora da órbita ex-soviética.

Oficialmente, Ban se encontra na capital chinesa para assistir à cerimônia de abertura do Fórum Ministerial de Cooperação China-África, que será realizado entre quinta e sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaConselho de Segurança da ONUONUSíria

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil