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Ban Ki-moon qualifica retomada do diálogo entre Irã e G5+1

Secretário-geral da ONU disse que reunião entre Irã e Grupo 5+1 pode estimular diálogo

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon (Joseph Mwenda/AFP)

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon (Joseph Mwenda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2012 às 18h13.

Bruxelas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou neste domingo que considera muito positivo a retomada do diálogo do Irã e da comunidade internacional sobre o programa nuclear iraniano e insistiu que essa medida mostra que Teerã busca uma finalidade pacífica.

'Espero sinceramente que o assunto nuclear iraniano seja resolvido pacificamente e o mais rápido possível', afirmou Ban em entrevista coletiva logo após uma reunião com o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo.

O secretário-geral da ONU destacou que a mera realização de uma reunião entre Irã e o chamado Grupo 5+1, composto pelos cinco países permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido) mais a Alemanha, é um fato que pode estimular a retomada do diálogo e a resolução deste impasse.

'Ninguém espera que esse assunto seja resolvido de maneira fácil', ressaltou Ban, que na segunda-feira abordará essa questão em um encontro em Bruxelas com a Alta Representante da UE, Catherine Ashton, que participou da reunião com as autoridades iranianas em Istambul.

Segundo Ban, a questão-chave deste assunto gira ao redor das autoridades iranianas, que, por sua vez, precisam demonstrar que seu programa atômico é puramente pacífico, algo que, em sua opinião, ainda não fizeram.

O encontro realizado no sábado interrompeu 15 meses de silêncio entre o Irã e as principais potências mundiais, que desde janeiro de 2011 não se reuniam. Este último encontro, também realizado em Istambul, terminou em um grande fracasso.

Desde então, ambas as partes tinham endurecido suas posturas: o Irã acelerando seu programa de enriquecimento de urânio e a ONU, EUA e a UE aumentando as sanções para obrigar Teerã a deixar de produzir esse combustível atômico de duplo uso, civil e militar. EFE

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