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Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 15h44.
Estados Unidos - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou a "preservar a unidade e a integridade territorial" da Ucrânia e enviou um de seus assessores a Kiev, disse nesta segunda-feira seu porta-voz, Martin Nesirky.
Ban quer que se estabeleça na Ucrânia "um processo político que reflita as aspirações de todos os ucranianos e que preserve a unidade e a integridade territorial do país", indicou Nesirky.
As declarações de Nesirky ocorrem num momento em que os Estados Unidos anunciavam a viagem a Kiev do número dois de sua diplomacia, William Burns, para apoiar o novo governo, e quando a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) nomeou um enviado especial para a Ucrânia.
Em sua mensagem, Ban Ki-moon também reiterou seu chamado a evitar a violência e exigiu que todas as partes "respeitem os princípios da democracia e os direitos humanos para gerar um clima propício diante de eleições livres e justas".
Segundo seu porta-voz, o líder da ONU enviou a Kiev um de seus principais conselheiros, Robert Serry, com o objetivo de transmitir ao novo presidente do Parlamento, Olexandre Turtchinov, "sua solidariedade com todos os ucranianos e seu compromisso em apoiar um processo político sem exclusões".
Já os Estados Unidos enviaram Burns a Kiev para apoiar o novo regime ucraniano e defender uma estratégia de recuperação política e econômica deste país da Europa oriental, indicou o Departamento de Estado.
Burns também será a mais alta autoridade americana a visitar a Ucrânia nas últimas semans, depois da passagem em dezembro da secretária de Estado adjunta encarregada para a Europa, Victoria Nuland, que havia se dirigido a Kiev para apoiar os manifestantes pró-europeus.
Esta nova viagem já havia sido anunciada por um diplomata americano na sexta-feira, antes da destituição do presidente Viktor Yanukovytch. Ao contrário dos ministros europeus, nenhuma autoridade de alto escalão de Washington foi a Kiev na semana passada.
"Em Kiev, (Burns) se encontrará com líderes ucranianos do setor empresarial e da sociedade civil para transmitir o apoio dos Estados Unidos aos esforços da Ucrânia para garantir um futuro sem problemas, democrático, para o maior número possível e a prosperidade", indicou a nota oficial.
Já no caso da OSCE, foi nomeado um enviado especial para a Ucrânia e foi proposta a criação de um Grupo Internacional de Contato para gerir a crise, declarou seu presidente, o suíço Didier Burkhalter.