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Ban Ki-moon pede ao presidente sírio que deixe de 'matar seu povo'

Secretário-geral da ONU insiste que chegou o momento de os povos árabes obterem seus direitos

Ban Ki-moon da ONU (Mario Tama/Getty Images)

Ban Ki-moon da ONU (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2012 às 08h04.

Beirute - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste domingo ao presidente sírio, Bashar al Assad, que coloque um ponto final à violência.

'Volto a dizer ao presidente sírio que coloque fim à violência, que deixe de matar seu próprio povo, já que a repressão conduz à estagnação', bradou Ban ao inaugurar uma conferência sobre a transição democrática no mundo árabe.

O secretário-geral da ONU insistiu que chegou o momento de os povos árabes obterem seus direitos: 'o povo está escrevendo sua história. Está no início, mas procura pela democracia'.

Ele lembrou sobre a importância dos dirigentes dos países árabes contarem com o apoio de seus povos, caso contrário 'cairão, como ocorreu em 2011 durante a Primavera Árabe'.

Neste sentido, solicitou ao presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, respeito ao acordo assinado a pedido do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que contempla a renúncia ao poder e o início de uma transição à democracia com eleições livres.

Ban também dirigiu palavras ao Governo de Israel. A este pediu o fim da ocupação dos territórios árabes e palestinos e da violência contra civis.

'A ocupação israelense das terras árabes e palestinas deve parar, assim como os assentamentos ilegais porque impedem a criação de dois estados', disse.

O secretário-geral classificou ainda de 'inaceitável' a violência e a discriminação contra a mulher, ponto central das mudanças produzidas na região.

Na mesma conferência, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou que 'Israel, que se diz uma democracia, ocupa território e viola os direitos do homem aos olhos de todo o mundo'.

Por isso, insistiu que seu país quer 'uma ONU mais justa em suas resoluções' e lembrou que o Líbano 'respeita as decisões internacionais, ao contrário de Israel'.

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