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Ban Ki-moon está preocupado com medidas da Coreia do Norte

O secretário-geral da ONU disse estar "decepcionado e preocupado" com as restrições que afetam os trabalhadores sul-coreanos que trabalham em Kaesong

Soldado sul-coreano diante de barricadas próximas da fronteira com o Norte (AFP / Jung Yeon-Je)

Soldado sul-coreano diante de barricadas próximas da fronteira com o Norte (AFP / Jung Yeon-Je)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 07h53.

Mônaco - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira estar "profundamente preocupado" com a escalada da retórica da Coreia do Norte, em uma entrevista coletiva em Mônaco.

Ban disse estar "decepcionado e preocupado" com as restrições que afetam os trabalhadores sul-coreanos que trabalham em Kaesong e afirmou que espera "sinceramente que a medida fique sem efeito o mais rápido possível".

A União Europeia pediu a Coreia do Norte que não aumente a tensão e defendeu um compromisso a favor da paz e segurança, depois que o país advertiu que o exército tem a autorização final para executar um ataque contra os Estados Unidos, utilizando eventualmente armas nucleares.

Em um comunicado, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, criticou o anúncio da Coreia do Norte de retomar a atividade do reator nuclear da central de Yongbyon.

A Coreia do Norte bloqueou nesta quinta-feira o acesso de centenas de funcionários sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong pelo segundo dia consecutivo.


Pyongyang ameaçou inclusive retirar os 53.000 funcionários de Kaesong, "se as marionetes sul-coreanas e os meios conservadores continuarem nos denegrindo", segundo um comunicado do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, uma agência do governo responsável pela propaganda.

O complexo de Kaesong, preciosa fonte de divisas para a Coreia do Norte, foi inaugurado em 2004 com a vontade simbólica de estabelecer uma cooperação entre as duas Coreias.

Dos 861 sul-coreanos presentes em Kaesong na quarta-feira, 33 deixaram o local à tarde, mas centenas decidiram permanecer para garantir o bom funcionamento das empresas.

O local, onde trabalham 53.000 norte-coreanos, sempre permaneceu aberto, apesar das repetidas crise na península, com exceção de um dia, em 2009.

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