Ban ki-moon: a entidade também o qualificou como um "forte defensor do papel do esporte para enfrentar os desafios globais" (Kim Hong-Ji/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de junho de 2017 às 13h46.
Lausanne - O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou oficialmente nesta quarta-feira que indicou o sul-coreano Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para assumir a presidência do Comitê de Ética da entidade.
Por meio de um comunicado, o COI revelou que a proposta, feita pelo seu Comitê Executivo, será colocada em votação durante assembleia do organismo marcada para acontecer no próximo mês de setembro, em Lima, no Peru, onde também serão eleitos outros membros que irão compor suas comissões visando as reformas da Agenda Olímpica de 2020, ano de disputa dos Jogos de Tóquio.
Se for aprovado na votação de setembro, Ban Ki-moon irá substituir o senegalês Youssoupha Ndiaye, que deixará a presidência do Comitê de Ética da entidade ao final desta assembleia no Peru.
O COI também informou que o sul-coreano já aceitou que o seu nome seja indicado e colocado na votação de setembro.
Ban Ki-moon foi secretário-geral da ONU entre janeiro de 2007 e dezembro de 2016 e o COI destacou nesta terça, em seu site oficial, que ele introduziu na organização mundial "os mais altos padrões de ética, integridade, responsabilidade e transparência".
A entidade também o qualificou como um "forte defensor do papel do esporte para enfrentar os desafios globais" do mundo e lembrou que o asiático supervisionou a inclusão do "esporte como um importante facilitador" nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que é parte da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.
Enquanto esteve à frente da ONU, Ban Ki-moon participou por duas vezes do revezamento da tocha olímpica. Primeiro nos Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, e depois no ano passado, na Olimpíada do Rio, para "demonstrar a poder único do esporte como uma força global para o bem", ressaltou o COI nesta quarta.
"O COI está honrado e satisfeito pelo senhor Ban ter aceitado que seu nome seja apresentado (para o cargo de presidente do Comitê de Ética). Por um lado, o senhor Ban tem um histórico exemplar de serviço público com integridade, responsabilidade e transparência. Por outro lado, ele é um grande amigo do Movimento Olímpico", afirmou o presidente do COI, Thomas Bach, nesta quarta.
Ban Ki-moon, por sua vez, ressaltou que se sente "profundamente honrado de ser nomeado como presidente do Comitê de Ética do COI e aceitado o posto com um senso de humildade e responsabilidade".
"A ONU e o Comitê Olímpico Internacional tiveram uma relação de trabalho próximo por muitos anos, com ambas organizações contribuindo para construção de um mundo pacífico e melhor. Ao trabalhar de perto sob o princípios do movimento do COI, eu darei o meu melhor para fortalecer a responsabilidade e a transparência do COI", disse o sul-coreano, já falando como provável novo presidente do Comitê de Ética da máxima entidade olímpica.