O comunicado foi emitido após o secretário-geral da ONU conversar com o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu (Mohd Rasfan/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2012 às 20h32.
Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta segunda-feira o ataque de tropas da Síria contra um campo de refugiados sírios na Turquia e no Líbano, e lembrou que Damasco deve respeitar de forma incondicional o prazo estipulado com o enviado especial, Kofi Annan.
''O secretário-geral lamenta profundamente o tiroteio mortal da Síria dirigido à Turquia e ao Líbano'', disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky em nota oficial. O comunicado foi emitido após o secretário-geral da ONU conversar com o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, e ser informado sobre os detalhes do ataque contra um campo de refugiados sírios em solo turco que deixou vários mortos.
Nesta segunda-feira, um repórter cinematográfico morreu em uma região fronteiriça com a Síria, atingido por disparos do Exército de Damasco.
O secretário-geral ainda reiterou o pedido ao governo sírio para o ''cessar imediato de todas as ações militares contra os civis, e o cumprimento de todos seus compromissos''. A solicitação inclui a data 10 de abril para a retirada das tropas das cidades, além do fim de todas as hostilidades no dia 12 de abril.
''O prazo para o cessar completo da violência apoiado pelo Conselho de Segurança deve ser respeitado por todos sem nenhuma condição'', disse Ban. O secretário também mostrou preocupação diante do aumento de violência pelo regime sírio.
A comunidade internacional também observa com preocupação a aproximação das datas-chave. Fontes diplomáticas disseram que o Conselho de Segurança da ONU considera antecipar o comparecimento de Annan, previsto para esta quinta-feira, ou de alguém de sua equipe, devido ao aumento da violência.
Enquanto isso, vários países do Conselho de Segurança consideram que se a violência continuar aumentando e Damasco não cumprir os acordos, poderão ser consideradas outras medidas para pressionar a Síria, informou a mesma fonte.