Médico de Gana mostra a Ban Ki-Moon como esterilizar as mãos: secretário-geral da ONU dará um giro pelos países afetados pela epidemia (Evan Schneider/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 10h33.
Monróvia - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou nesta sexta-feira à Libéria, um dos três países da África Ocidental mais afetados pelo ebola, onde faz um giro até sábado.
O avião de Ban pousou no aeroporto internacional Roberts procedente de Acra, a capital de Gana, sede da Missão da ONU para a luta contra o ebola (UNMEER), onde começou sua viagem na quinta-feira.
O chefe da ONU foi recebido pelo vice-presidente liberiano Joseph Boakai com honras militares. Não fez declarações, constatou a AFP.
Segundo seu programa, Ban se reunirá em Monróvia com a presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, depois com autoridades da UNMEER e da Missão das Nações Unidas da Libéria e contra o ebola (MINUL), antes de visitar uma unidade médica administrada pelo exército americano.
"As Nações Unidas acompanharão o povo da região até chegar o momento em que estivermos seguros de que não há mais casos" de ebola, declarou Ban Ki-moon em Acra durante um encontro com o presidente de Gana, John Dramani Mahama.
"Devemos refletir cuidadosamente sobre a forma de fortalecer os sistemas de saúde dos países da região para que possam resistir a futuras epidemias de doenças contagiosas", acrescentou.
Durante a tarde, o secretário-geral da ONU se dirigirá a Freetown, em Serra Leoa, e no sábado a Conakry, na Guiné. Libéria, Serra Leoa e Guiné são os três países mais afetados pela epidemia.
No sábado também visitará Bamaco, no Mali, que foi o último país afetado, mas onde não são registrados novos casos há várias semanas.
Ban Ki-moon realiza este giro acompanhado pela diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Dra. Margaret Chan, o coordenador da ONU para a luta contra esta epidemia, o Dr. David Nabarro, e o chefe da UNMEER, Anthony Banbury.
Trata-se do giro de mais alto nível nestes países desde o início da epidemia de ebola, que já provocou a morte de quase 6.900 pessoas, segundo a OMS.