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Bahrein: manifestantes mataram membro das forças de segurança

Morte ocorreu quando havia repressão a um protesto ao sul da capital

Protesto em Manama, no Bahrein: oposição é contra presença estrangeira (James Lawler Duggan/AFP)

Protesto em Manama, no Bahrein: oposição é contra presença estrangeira (James Lawler Duggan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 14h25.

Manama - Um membro das forças de segurança do Bahrein foi atropelado intencionalmente nesta terça-feira por um manifestante, classificado como um dos "provocadores de distúrbios" pelo governo, anunciou o ministério do Interior.

De acordo com o ministério, a morte ocorreu quando as forças de segurança reprimiam um protesto em Maamir, ao sul de Manama.

A situação é extremamente tensa no Bahrein, onde o rei Hamad Ben Isa al Khalifa decretou nesta terça-feira estado de emergência por três meses, um dia depois da chegada das tropas do Golfo enviadas para ajudar o regime a combater a onda de protestos antigoverno.

"Devido às atuais circunstâncias no Bahrein (...), o rei Hamad anunciou estado de emergência nacional a partir desta terça-feira por três meses", indicou a televisão estatal.

Milhares de manifestantes marchavam nesta terça-feira para a embaixada da Arábia Saudita em Manama para protestar contra a presença de tropas desse país em Bahrein, constatou um jornalista da AFP.

O ministério das Relações Exteriores também rejeitou nesta terça as críticas iranianas pelo envio de uma força do Golfo, ao classificá-las de "ingerência descarada" nos assuntos internos do país e convocou para consultas seu embaixador em Teerã.

"A presença de forças estrangeiras (no Bahrein) é inaceitável e complicará ainda mais a situação", declarou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. em Teerã.

"Não achamos que seja justo que as forças de outros países, especialmente dos países do Golfo Pérsico, estejam presentes ou intervenham no caso do Bahrein", destacou o porta-voz.

"O povo do Bahrein tem aspirações legítimas que foram expressas pacificamente. É preciso evitar que estas aspirações legítimas sejam respondidas com violência", acrescentou.

Mais de 1.000 soldados sauditas de uma força conjunta do CCG chegaram na segunda-feira ao Bahrein.

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