Plataforma P-56 da Petrobras: a empresa negou que haja limitações para produzir em Sergipe-Alagoas (Ari Versiani/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 09h46.
Rio de Janeiro - A Bacia de Sergipe-Alagoas, a mais promissora fronteira de exploração de petróleo depois de Campos e Santos, terá de esperar entre sete e oito anos pelo início da produção nas cinco descobertas registradas este ano. Terá de "entrar na fila de espera do pré-sal", como respondeu o Ministério das Minas e Energia a um pedido do governo de Sergipe.
O governador Marcelo Déda (PT) tentou antecipar o início da produção dos poços, em reunião há pouco mais de um mês com o ministro Edison Lobão e o secretário de Petróleo e Gás do ministério, Marco Antônio Almeida. A resposta foi que, por falta de equipamentos, principalmente plataformas, o Estado terá de esperar até 2020 para começar a extrair o óleo leve (de maior valor comercial) das descobertas recentes da região.
"Falta espaço nos estaleiros nacionais para dar conta das demandas de Sergipe", disse o assessor econômico de Déda, Ricardo Lacerda. E por causa da exigência de fabricação dos equipamentos no Brasil não é possível recorrer ao afretamento das plataformas no mercado externo.
Animado com as sucessivas descobertas no litoral de Sergipe, o governo local considerou que o Estado seria uma prioridade para a Petrobras, contou Lacerda. Déda ficou entusiasmado com a possibilidade de encorpar o orçamento atraindo novos investidores e com os royalties do petróleo, hoje, praticamente restritos à produção em terra.
A Petrobras negou que haja limitações para produzir em Sergipe-Alagoas. Em nota, afirma que "no momento em que esse potencial (da bacia) estiver delimitado, a companhia decidirá sobre o melhor projeto para o desenvolvimento da produção dos campos descobertos".