A presidente do Chile, Michelle Bachelet: “escolhemos um roteiro muito claro de nossos projetos prioritários durante este e o próximo ano” (Rodger Bodch/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2015 às 14h42.
Santiago - A presidente do Chile, Michelle Bachelet, prometeu levar adiante as políticas de reforma de educação, fortalecer os direitos dos sindicatos e estimular a economia na tentativa de se reconectar com uma população cada vez mais desiludida.
A líder de centro-esquerda, que iniciou seu segundo mandato em março de 2014, pediu uma reunião com os líderes dos partidos de sua coalizão na noite de segunda-feira para discutir as prioridades da próxima fase de seu governo.
“Escolhemos um roteiro muito claro de nossos projetos prioritários durante este e o próximo ano”, disse Bachelet aos repórteres após o encontro.
Bachelet, que também presidiu o Chile entre 2006 e 2010, viu seu índice de aprovação, antes nas alturas, despencar nos últimos meses, arrastado pela economia claudicante, pelos escândalos envolvendo financiamentos de campanha e até seu filho e sua nora e pela desilusão com o ritmo das reformas prometidas.
Como a desaceleração – desencadeada pela queda no investimento em mineração no maior exportador de cobre do mundo – afetou os recursos fiscais, ela procurou administrar as expectativas. Mas o governo ainda está tentando cumprir suas promessas e “integrar as atuais exigências dos cidadãos”, declarou ela na segunda-feira.
Entre os planos principais, o governo quer tornar o acesso universitário gratuito a partir do ano que vem, mas como os retornos econômicos parecem incertos, agora só 50 por centos dos estudantes irão se beneficiar da medida.
A administração Bachelet continuará a buscar reformas trabalhistas que fortaleçam os sindicatos, e o processo de mudança da Constituição, que é da época da ditadura, irá começar em setembro, afirmou a presidente.
Ela ainda anunciou a criação de um fundo de infraestrutura para ajudar o setor da construção e prometeu conversar para simplificar a reforma tributária do ano passado, que líderes empresariais criticaram por ser imprecisa e prejudicar o investimento.