Síria: o Observatório disse que termite foi usada pela primeira vez no conflito da Síria em junho de 2016 pelo governo sírio (Ammar Abdullah/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de abril de 2017 às 13h37.
Última atualização em 10 de abril de 2017 às 13h38.
Beirute - Aviões de guerra da Síria ou da Rússia jogaram bombas incendiárias em áreas das províncias de Idlib e Hama, apenas alguns dias após o ataque fatal com armas químicas na região, informaram ativistas e grupos de monitoramento nesta segunda-feira.
Moscou e o Exército Sírio não foram encontrados imediatamente para comentário.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, disse que aviões russos usaram uma substância incendiária chamada termite em bombas jogadas nas cidades de Saraqeb, em Idlib e al-Latamenah, em Hama, mais ao sul, no sábado e no domingo.
Um trabalhador de um serviço de resgate em Saraqeb disse que aviões de guerra haviam jogado bombas de fósforo na cidade, mas que ele não havia escutado nada sobre o uso de termite. Ele disse que o uso de fósforo não é uma novidade.
"É normal, esse tipo de substância é usada com frequência", disse Laith Abdullah, da Defesa Civil Síria, também conhecida como os Capacetes Brancos, um grupo de resgate que atua em áreas controladas por rebeldes.
Vídeos postados em redes sociais supostamente de Saraqeb, no domingo, mostram materiais inflamáveis atingindo o chão e causando grandes incêndios.
O Observatório disse que termite foi usada pela primeira vez no conflito da Síria em junho de 2016 pelo governo sírio.
Os bombardeios vieram depois dos Estados Unidos lançarem mísseis contra uma base área no oeste da Síria na sexta-feira. O ataque de mísseis dos Estados Unidos foi uma resposta para o que Washington considerou como um ataque de gás químico por parte de aviões de guerra sírios na cidade de Khan Sheikhoun no sul de Idlib, que deixou dezenas de mortos.
A Síria nega o uso de substâncias químicas e a responsabilidade pelo ataque.
O Observatório informou que os aviões sírios decolaram da mesma base aérea, menos de um dia depois do ataque dos Estados Unidos, e atacaram áreas controladas por rebeldes.