Mundo

Avião turco não aterrissa em Benghazi porque aeroporto está em mãos rebeldes

Pilotos do avião da Turkish Airlines não conseguiram entrar em contato com a autoridade de aviação civil no aeroporto da cidade da Líbia

Protestos crescem e tomam conta da Líbia, no Oriente Médio (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

Protestos crescem e tomam conta da Líbia, no Oriente Médio (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 06h46.

Istambul - Um avião turco enviado à Líbia pelo Governo de Ancara para repatriar seus cidadãos que estão no país africano não pôde aterrissar no aeroporto de Benghazi por ele se encontrar supostamente nas mãos dos rebeldes, informou a rede "CNN-Turquia".

A rede "NTV" explicou que os pilotos do avião da Turkish Airlines não conseguiram entrar em contato com a autoridade de aviação civil no aeroporto, por isso que se viram obrigados a retornar à Turquia.

O Governo turco, que criou um centro de crise para obter informação sobre seus cidadãos nos países afetados pelas revoltas, enviará dois navios para retirar seus cidadãos da Líbia.

Durante o fim de semana, 581 turcos foram evacuados da Líbia por meios aéreos e o Governo turco tinha previsto enviar outros quatro aviões para tirar seus cidadãos do país árabe.

"O primeiro-ministro (Recep Tayyip) Erdogan falou duas vezes com (o líder líbio Muammar) Kadafi, que lhe assegurou que faria tudo para garantir a segurança e a vida dos cidadãos turcos na Líbia", explicou nesta segunda-feira em um discurso ao vivo nas televisões turcas Zafer Çaglayan, ministro de Estado.

Os testemunhos dos turcos na Líbia descrevem uma situação de caos na qual as forças opositoras ao regime assumiram o controle de grandes cidades.

"A cidade está sob controle dos grupos opositores. Não nos deixam sair. Estamos em nosso local de trabalho e alguns escritórios foram queimados. Há dois dias não temos comida. A água quase acabou e também o combustível", explicou em declarações à rede "NTV" Ferhat Karsli, um trabalhador turco que está na cidade líbia de Jalu, a cerca de 400 quilômetros ao sul de Benghazi.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoDemocraciaOriente MédioPolítica no BrasilProtestosSetor de transporte

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história