Avião: não foram encontrados "indicações ou fatos que apontem a possibilidade de ataque terrorista ou ato de sabotagem a bordo do avião" (Mark Thompson/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 19h07.
Última atualização em 26 de dezembro de 2016 às 19h09.
Sochi - Apesar de o Kremlin praticamente descartar a possibilidade de que um atentado terrorista tenha sido a causa da queda do avião militar russo no Mar Negro, especialistas afirmam que a falta de comunicação de problemas técnicos por parte da tripulação e a ampla área sobre a qual foram encontrados destroços da aeronave podem ser indicações de explosão a bordo.
Isso levanta a possibilidade de que uma bomba tenha sido plantada na aeronave ou que ela tenha sido atingida por um míssil.
Evidências de que o avião tenha sido abatido podem deixar o Kremlin em situação embaraçosa, deixando transparecer vulnerabilidade a ataques.
O ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse ontem que os investigadores trabalham com a hipótese de erro do piloto ou falha técnica, mas especialistas se mostram céticos quanto a essa teoria.
"Possíveis falhas técnicas não teriam impedido que a tripulação reportasse o problema", disse Vitaly Andreyev, ex-controlador de tráfico aéreo da Rússia, à RIA Novosti. Para ele, um "impacto externo" é a razão mais provável da queda.
A principal agência russa de segurança e combate ao terrorismo, a FSB, informou que não foram encontrados "indicações ou fatos que apontem a possibilidade de ataque terrorista ou ato de sabotagem a bordo do avião".
A mídia russa aponta falta de segurança no aeroporto de Chkalovsky, onde o avião se encontrava. Alexander Gusak, ex-chefe da unidade de forças especiais do FSB, também destaca brechas de segurança em Chkalovsky e diz que mesmo um aeroporto mais seguro poderia ser vulnerável.
"É possível penetrar em qualquer instalação. Depende de suas habilidades", disse à Dozhd TV. Fonte: Associated Press