Avião da Air China: pilotos de voo de Hong Kong para Dalian estão sob investigação por queda brusca de altitude (Petar Kujundzic/File Photo/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 13 de julho de 2018 às 10h49.
Última atualização em 13 de julho de 2018 às 10h50.
São Paulo – Um avião da Air China despencou 6 mil metros e as investigações suspeitam que isso aconteceu em decorrência de um grave erro do copiloto, que estaria fumando um cigarro eletrônico no momento do incidente.
De acordo com informações da rede de notícias CNN, que obteve dados do voo a partir do smartphone de um dos passageiros, a aeronave voava acima de 10 mil metros de altitude quando baixou para cerca de 4 mil em nove minutos.
Um oficial chinês envolvido na investigação disse para a CNN que o copiloto tentava desligar ventiladores que reciclam o ar, para evitar que o vapor do cigarro se espalhasse pela aeronave, sem o conhecimento do piloto. No entanto, desligou o sistema de ar condicionado, causando a despressurização da cabine e forçando um procedimento de descida de emergência.
O erro, informou o site de notícias Southern China Morning Post, foi eventualmente reparado e a aeronave seguiu o trajeto, mas com um nível de oxigênio menor do que o recomendado.
O voo CA106 voava de Hong Kong para a cidade de Dalian na última terça-feira, carregava 153 passageiros e 9 tripulantes. Todos chegaram em segurança ao destino final depois de três horas de viagem.
Segundo esse oficial ouvido pela CNN, se constatada a violação, o órgão de aviação civil da China prometeu “punições severas de acordo com leis e regulamentações”.
Em nota oficial, a Air China disse que irá “adotar uma atitude de tolerância-zero e punir seriamente os responsáveis pelo incidente”. Piloto e copiloto estão sob investigação.