Mundo

Avião desaparecido mudou de curso a oeste, diz fonte militar

Operação de busca até agora não encontrou nenhum vestígio da aeronave ou dos 239 passageiros e tripulantes

Vice-comandante da Força Aérea vietnamita, Do Minh Tuan, indica pontos em um mapa durante uma coletiva de imprensa, após uma missão para encontrar o voo MH370 da Malaysia Airlines que desapareceu (Athit Perawongmetha/Reuters)

Vice-comandante da Força Aérea vietnamita, Do Minh Tuan, indica pontos em um mapa durante uma coletiva de imprensa, após uma missão para encontrar o voo MH370 da Malaysia Airlines que desapareceu (Athit Perawongmetha/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 12h31.

Kuala Lumpur - Os militares da Malásia acreditam que o avião desaparecido há quase quatro dias voou centenas de quilômetros para o oeste depois de ter feito o último contato com o controle civil de tráfego aéreo na costa leste do país, disse um alto funcionário à Reuters nesta terça-feira.

Em um dos mistérios mais intrigantes da história recente da aviação, uma grande operação de busca para do Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines MASM.KL até agora não encontrou nenhum vestígio da aeronave ou dos 239 passageiros e tripulantes.

As autoridades malaias haviam dito previamente que o voo MH370 desaparecera cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur rumo à capital chinesa, Pequim.

"Ele mudou de curso depois de Kota Bharu e ficou numa altitude mais baixa. Conseguiu entrar no Estreito de Malaca", disse à Reuters o oficial militar, que está a par das investigações.

Isso parece descartar a possibilidade de uma súbita falha mecânica catastrófica, pois significaria que o avião voou em torno de 500 quilômetros, pelo menos, após o seu último contato com o controle de tráfego aéreo, embora seus sistemas transponder e outro de rastreamento não estivessem ativos.

Uma fonte não-militar familiarizada com as investigações disse que essa é uma das várias teorias que estão sendo sendo verificadas.

Sem Contato

No momento em que perdeu contato com o controle de tráfego aéreo civil, o avião estava mais ou menos no meio do caminho entre a cidade de Kota Bharu, na costa leste da Malásia, e o extremo sul do Vietnã, voando a 35.000 pés (10.670 metros).

O Estreito de Malaca, um dos canais mais movimentados do mundo dos transportes, fica ao longo da costa oeste da Malásia.

Segundo o jornal Berita Harian, da Malásia, o chefe da Força Aérea do país, Rodzali Daud, o avião foi detectado pela última vez às 2h40 por um radar militar perto da ilha de Pulau Perak, no extremo norte do Estreito de Malaca. Ele estava cerca de 1.000 metros abaixo de sua altitude anterior, disse Daud, de acordo com o jornal.


Não há nenhuma informação sobre o que aconteceu depois com o avião.

O desligamento do transponder faz com que a aeronave não seja detectada por um radar secundário, e com isso os controladores civis não podem identificá-lo. O radar secundário obtém do transponder informações sobre a identidade do avião, velocidade e altura.

Mas ele ainda seria visível para radares primários, utilizados pelos militares.

A polícia informou anteriormente que está investigando se algum passageiro ou membro da tripulação no avião tinha problemas pessoais ou psicológicos que possam explicar o desaparecimento do avião, bem como a possibilidade de um sequestro, sabotagem ou falha mecânica.

A companhia aérea disse que estava levando a sério o relato de uma mulher da África do Sul, que disse que o copiloto do avião desaparecido tinha convidado ela e uma colega de viagem a se sentarem na cabine do piloto durante um voo, há dois anos, em uma aparente violação de segurança. Um canal da televisão australiana mostrou imagens das duas, o piloto e o copiloto na cabine durante um voo em 2011.

A enorme operação de busca do avião desaparecido se concentra principalmente nas águas rasas do Golfo da Tailândia, na costa leste da Malásia, embora o estreito de Malaca esteja incluído nas buscas desde domingo.

O fato de pelo menos dois passageiros a bordo terem usado passaportes roubados levantou suspeitas de ato criminoso. Mas o Sudeste Asiático é conhecido como um centro de emissão de documentos falsos usados por contrabandistas, imigrantes ilegais e pessoas em busca de asilo.

O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, disse que os dois homens eram iranianos com 18 e 29 anos de idade que tinham entrado na Malásia usando seus passaportes verdadeiros, mas depois usaram os documentos europeus furtados para embarcar no voo para Pequim.

"Quanto mais informações temos, mais estamos inclinados a concluir que não é um incidente terrorista", disse Noble.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoAviaçãoAviõesBoeingEmpresasEmpresas americanasMalásiaMalaysia AirlinesSetor de transporteTransportesVeículosVoo MH370

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA