Mundo

Avião cai após pilotos se negarem a bombardear Benghazi

Dois pilotos se recusaram a bombardear a cidade e fugiram de paraquedas

Segundo o jornal líbio Quryna, Kadafi confirmou a intenção de combardear Benghazi (Getty Images)

Segundo o jornal líbio Quryna, Kadafi confirmou a intenção de combardear Benghazi (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 13h18.

Trípoli - Um avião militar caiu nesta quarta-feira depois de os dois pilotos saltarem de paraquedas ao se negarem a bombardear duas localidades na região de Benghazi, controlada pelos participantes das revoltas contra o regime de Muammar Kadafi, conforme revelou jornal líbio "Quryna".

Segundo a publicação, que cita como fonte um coronel do Exército da base militar de Bnina, o avião era um Sukhoi 22 de fabricação russa e caiu na zona oeste da localidade de Jedebia, a cerca de 160 quilômetros de Benghazi.

O piloto e o copiloto, identificados como Abdelslam Atya e Ali Omar Kadafi, se negaram a bombardear a segunda maior cidade líbia e outro município da região, e decidiram saltar de paraquedas, informou o "Quryna", cuja redação central fica em Benghazi.

Esta informação também foi divulgada pela emissora Al Jazeera, que citou o general do Exército e chefe militar da região de Tobruk, Suleiman Mahmoud.

O general revelou que um dos pilotos que se atirou de paraquedas era um coronel.

Nesta quarta-feira, o "Quryna" também publicou na íntegra a mensagem de demissão do ex-ministro do Interior Abdul Fatah Younis.

No nota, o ministro - que renunciou em protesto contra a atuação violenta do regime - relata que Kadafi o informou de sua intenção de bombardear Benghazi pelo ar e que ele lhe suplicou para não executar a ação.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Pentágono e FBI pedem que seus funcionários não respondam a pedido de Musk

Eleição na Alemanha mostra avanço da insatisfação e do voto conservador

Análise: eleição mostra que há novos muros na Alemanha

Eleições na Alemanha: conservadores vencem, mas precisam de alianças para governar