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Avalanche na Itália deixou "muitos mortos", diz mídia italiana

Segundo a agência italiana Agi, duas pessoas foram encontradas sãs e salvas, uma delas em estado de hipotermia

Hotel: no local havia cerca de 30 pessoas, entre clientes e funcionários (Guardia Di Finanza/Handout/Reuters)

Hotel: no local havia cerca de 30 pessoas, entre clientes e funcionários (Guardia Di Finanza/Handout/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 10h11.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 11h30.

Uma avalanche atingiu durante a noite um hotel na Itália com trinta pessoas, deixando muitos mortos, segundo um socorrista, em uma região montanhosa próxima ao local onde na quinta-feira foram registrados vários terremotos.

"Há muitos mortos", declarou nesta quinta-feira Antonio Crocetta, um dos chefes dos socorristas alpinos, que conseguiu chegar ao local durante a madrugada após horas de caminhada com esquis e a pé, citado pelos meios de comunicação italianos.

Duas pessoas foram encontradas sãs e salvas, uma delas em estado de hipotermia, segundo a agência italiana Agi.

Uma primeira vítima foi retirada dos escombros, onde não parecia haver nenhum sinal de vida, segundo socorristas citados pelos meios de comunicação.

Havia cerca de 30 pessoas, entre clientes e funcionários, no hotel, situado perto de Farindola, nos Abruzos, segundo o chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio.

"Não sabemos quantos mortos ou desaparecidos existem", disse, por sua vez, em sua página do Facebook Antonio Di Marco, presidente da província. "O que é certo é que o edifício foi deslocado uma dezena de metros".

O canal de notícias RaiNews divulgou as primeiras imagens do hotel Rigopiano, de quatro estrelas, feitas pelos socorristas, completamente coberto pela neve, com o piso congelado e seus móveis, janelas e objetos destruídos pela avalanche.

Esta região se localiza a uma centena de quilômetros de Amatrice, abalada na quarta-feira por uma série de terremotos. Era impossível saber no momento se a avalanche foi provocada por um desses terremotos, que foram sentidos inclusive em Roma, situada a 180 quilômetros do epicentro.

As condições meteorológicas e a neve, que em alguns pontos alcança os dois metros de espessura, dificultaram o acesso a este local isolado na montanha.

Os primeiros socorristas alcançaram o local esquiando e a maioria das equipes seguia tentando chegar ao seu destino durante a manhã.

"Ninguém responde aos chamados", comentou um dos primeiros a chegar.

O cenário era apocalíptico, "uma trágica combinação de terremoto e avalanche", comentou outro.

Um helicóptero e um veículo equipado para a neve também conseguiram chegar ao local, segundo os serviços da defesa civil.

Os dois sobreviventes são italianos, Giampiero Parete e Fabio Salzetta. Eles estavam fora do hotel no momento da avalanche e se refugiaram dentro de um automóvel, que também foi arrastado pela força da neve.

Os dois enviaram mensagens com pedidos de ajuda através de seus telefones celulares alertando para a avalanche.

"Ajuda, ajuda, estamos morrendo de frio", dizia uma das mensagens enviadas ao serviço de emergência.

A tragédia ocorreu no mesmo dia em que foram registrados vários terremotos nesta região montanhosa dos Apeninos, castigada há dez dias por uma onda de mau tempo, com fortes nevascas, rajadas de vento e temperaturas particularmente baixas.

Uma pessoa morta foi encontrada entre os escombros de um edifício na comunidade de Castel Castagna, na província de Teramo, segundo dados oficiais.

"Devido ao mau tempo pedimos à população que não saia de suas casas e pelo terremoto que deixe seus lares", reconheceu inconsolável Fabrizio Curcio, responsável dos serviços da Defesa Civil, que precisava enfrentar duas emergências.

As regiões dos Abruzos, Lazio e Marche foram as mais afetadas pelos terremotos do ano passado, que deixaram 300 mortos, assim como desabamentos de edifícios históricos e aldeias inteiras arrasadas.

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