Akbarzhon Jalilov: comitê disse ter identificado diversas pessoas de origem da Ásia central que estiveram em contato com o autor do ataque (5th Channel Russia/Reuters)
Reuters
Publicado em 6 de abril de 2017 às 09h21.
São Petesburgo - Autoridades russas prenderam diversas pessoas em São Petersburgo nesta quinta-feira, após encontrarem um dispositivo explosivo em um prédio residencial, e disseram que estão investigando supostos cúmplices do responsável pela explosão no metrô que aconteceu esta semana.
Especialista em desativação de bombas neutralizaram o dispositivo no prédio residencial após retirar os moradores com o auxílio de duas escadas.
"Nos disseram: a casa está minada, saiam rápido", disse à Reuters uma mulher, que só informou seu nome como Tatiana e que mora no prédio.
Outro morador, que disse apenas seu primeiro nome, Anatoly disse ter visto policiais prendendo quatro homens jovens que ocupavam um apartamento no oitavo andar, do lado de sua casa.
São Petersburgo ainda está se recuperando depois que uma bomba destruiu um vagão do metrô da cidade na segunda-feira, matando 14 pessoas e deixando 50 feridos.
O ataque, que autoridades acreditam ter sido realizado por um cidadão russo nascido no Quirguistão, chamou atenção para o grande número de imigrantes, principalmente de Estados muçulmanos da Ásia central, que se mudaram para a Rússia para trabalhar.
O comitê de investigação da Rússia, conselho que está apurando os antecedentes do autor da explosão, disse em comunicado também estar investigando os antecedentes das pessoas suspeitas de serem cúmplices.
O comitê disse ter identificado diversas pessoas de origem da Ásia central que estiveram em contato com Akbarzhon Jalilov, o principal suspeito. Uma busca nas casas dos suspeitos encontrou objetos importantes para a investigação, disse o comitê.
A agência de notícias russa Interfax informou que os investigadores tinham detido diversas pessoas suspeitas de serem cúmplices de Jalilov.
Não ficou claro se as pessoas detidas no local de ameaça de explosão desta quinta-feira são os cúmplices identificados pelo comitê de investigação.