Mundo

Autoridades detêm 12 envolvidos em deslizamento na China

Entre os detidos há diretores da empresa Shenzhen Yixianglong Investment Company, a gerente do estoque de resíduos de obras onde aconteceu o desprendimento


	Desastre: segundo estudo, o desastre ocorreu ao ser superada a capacidade de armazenamento do depósito de escombros situado junto ao parque industrial
 (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

Desastre: segundo estudo, o desastre ocorreu ao ser superada a capacidade de armazenamento do depósito de escombros situado junto ao parque industrial (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 13h41.

Pequim - A polícia chinesa anunciou nesta segunda-feira a detenção de 12 pessoas por responsabilidade no deslizamento de escombros ocorrido em 20 de dezembro na cidade de Shenzhen (sul), que soterrou um parque industrial e deixou dezenas de desaparecidos.

Entre os detidos há diretores da empresa Shenzhen Yixianglong Investment Company, a gerente do estoque de resíduos de obras onde aconteceu o desprendimento, informou a polícia em uma breve mensagem divulgada nas redes sociais chinesas.

As detenções ocorreram dois dias depois que a Promotoria Popular Suprema da China abrisse uma investigação perante as "suspeitas de más práticas" para determinar se cometeram abusos de poder, negligências ou se aproveitaram da lei para interesses pessoais.

O Conselho de Estado (Executivo) da China confirmou na sexta-feira que o deslizamento na cidade foi um "acidente de segurança" e não um desastre geológico, como foi apontado em um primeiro momento.

Segundo o estudo encarregado pelo governo chinês, o desastre ocorreu ao ser superada a capacidade de armazenamento do depósito de escombros situado junto ao parque industrial.

Após ser confirmada a origem humana do fato, o Conselho de Estado disse que seriam depuradas as responsabilidades de todas as pessoas envolvidas no fato.

Um antigo responsável de planejamento urbana do distrito de Guangming de Shenzhen, onde aconteceu o desprendimento, se suicidou na madrugada ao saltar desde o alto de um edifício.

As autoridades não explicaram se o funcionário, de sobrenome Xu, estava sendo investigado por suas conexões com o acidente.

Mais de uma semana depois do deslizamento, ainda há 75 desaparecidos, segundo os últimos dados oficiais.

Cerca de 5 mil pessoas e 700 escavadeiras trabalham na zona do acidente para tentar encontrar as pessoas que ficaram soterradas e de retirar a terra e os escombros que se desprenderam de uma lixeira que, segundo publicaram meios de comunicação, chegou a alcançar os 95 metros de altura.

Shenzhen, vizinha a Hong Kong, é uma das cidades chinesas que experimentou um crescimento mais vertiginoso nas últimas décadas, o que deu lugar a problemas de gestão dos resíduos dessas obras, como reconheceram responsáveis municipais.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDeslizamentosMortes

Mais de Mundo

Imigração dos EUA se desculpa após deter cidadãos americanos que falavam espanhol

EUA congelam financiamento federal para ONGs que atendem migrantes

Trump confirma contatos com Moscou para repatriar vítimas russas de acidente aéreo

Após acidente, Trump ordena revisão de protocolo aéreo e mudanças de contratação feitas com Biden