Bombeiros em local atacado em Washington, EUA: 13 pessoas morreram (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 08h37.
Washington - As autoridades policiais de Washington descartaram nesta segunda-feira a hipótese de um segundo suspeito no tiroteio que deixou pelo menos 13 mortos, incluindo o autor do atentado, em uma instalação da Marinha na capital dos Estados Unidos.
Durante uma entrevista coletiva, a chefe de polícia de Washington, Cathy Lanier, disse que as autoridades acreditam que o único responsável pelo tiroteio é Aaron Alexis, identificado como um funcionário terceirizado, de cor negra, que tinha acesso à instalação militar.
"Estamos confortados porque temos a única pessoa responsável pelas mortes dentro da base hoje", disse Cathy, ao se referir ao pior ataque contra uma instalação militar desde o ocorrido em 2009 em Fort Hood (Texas).
Anteriormente, as autoridades tinham informado que procuravam por um segundo suspeito e a chefe de polícia explicou que as autoridades preferiram agir "com cautela".
Com base em depoimentos de testemunhas e feridos, e imagens de câmeras de vigilância, "podia haver outras pessoas envolvidas no atentado", explicou.
Cathy disse que, por enquanto, as autoridades acreditam que todas as vítimas identificadas são "civis e funcionários terceirizados", mas afirmou que a investigação ainda está em curso "e ainda temos muito trabalho pela frente".
A chefe de polícia acrescentou que as autoridades suspenderam a ordem para que os vizinhos da área permanecessem em suas residências, e que provavelmente vão reabrir todas as ruas de acesso ao local em um prazo de pelo menos seis horas.
Apesar de Cathy ter dito que os nomes das vítimas não serão divulgados até que seus familiares sejam notificados, o prefeito de Washington, Vincent Gray, detalhou que todas as vítimas tinham idades entre 46 e 73 anos.
"É uma tragédia horrível", disse Gray.
Por outro lado, Eleanor Holmes Norton, representante do Distrito de Columbia, sede da capital americana, disse que pedirá uma investigação independente sobre o ataque.
Valerie Parlave, subdiretora do FBI em Washington, disse que as autoridades continuam analisando a cena do crime e "seguindo todas as pistas relacionadas com o tiroteio, para juntar todas as peças sobre os movimentos e atividades de Aaron Alexis".
"Continuamos tentando determinar onde ele esteve antes, com quem falou e o próprio ato, inclusive a origem das armas que utilizou", disse Valerie.
Apesar da subdiretora do FBI ter se negado a dar mais detalhes sobre as armas utilizadas, confirmou que Alexis, de 34 anos, tinha "acesso" à instalação militar "por seu trabalho como funcionário terceirizado".
Alexis "utilizou um passe válido para entrar" nas instalações, disse Valerie.