Uber: um porta-voz do Uber, Gareth Mead, disse que o aplicativo banido não está mais disponível ao público holandês, mas confirmou que há centenas de motoristas sem o licenciamento trabalhando com o Uberpop na Holanda (Adam Berry/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2015 às 13h03.
Amsterdã - A polícia holandesa fez uma incursão no escritório do serviço de transportes Uber, em Amsterdã pela segunda vez neste ano, apreendendo documentos da companhia como parte de uma investigação criminal, informaram autoridades nesta terça-feira.
A promotoria pública da Holanda disse em seu site acreditar que o Uber descumpre leis de transporte ao usar o Uberpop, um serviço mais barato proibido por um tribunal holandês em dezembro, porque nele motoristas não precisam de uma licença exigida pela lei local.
Um porta-voz do Uber, Gareth Mead, disse que o aplicativo banido não está mais disponível ao público holandês, mas confirmou que há centenas de motoristas sem o licenciamento trabalhando com o Uberpop na Holanda.
Esses motoristas, que estão no processo para obter suas licenças, podem atuar apenas para um grupo seleto de usuários, segundo o porta-voz.
O Uber está apelando da decisão do tribunal holandês de proibir o aplicativo, além de contestar a lei de transporte, dizendo que ela contradiz a legislação já existente sobre o tema.
Em março, autoridades já haviam realizado uma batida no escritório da empresa em Amsterdã, após a proibição do Uberpop, impondo multas no total de 450 mil euros (US$ 506 mil) contra a companhia.
O modelo de negócio do Uber enfrenta uma ofensiva na Europa, onde há em geral mercados bastante regulados de serviço de táxi. O aplicativo Uberpop já foi proibido na Alemanha, na França e na Bélgica.
Uma apelação da empresa contra a proibição na França de seu serviço foi rejeitada pela maior autoridade constitucional do país, na semana passada.