Reatores da usina nuclear de Fukushima Dai-ichi: depois do desastre causado pelo terremoto, o órgão de controle deve exigir modificações nas centrais atômicas do país (©afp.com / Itsuo Inouye)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 09h16.
Tóquio - A nova autoridade japonesa reguladora do setor nuclear prepara um endurecimento das normas de segurança para as centrais, que pode obrigar as companhias a realizar importantes obras de infraestrutura para poder relançar os reatores atualmente parados.
Depois do desastre de Fukushima como consequência do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011 no noroeste do Japão, o órgão de controle, agora independente do ministério da Indústria, deve exigir importantes modificações nas centrais atômicas do país, que conta com um parque de 50 reatores, 48 deles inativos.
Segundo a imprensa, deve exigir, sobretudo, a instalação de novos equipamentos de esfriamento urgente dos reatores à distância, a presença de muros de proteção mais altos contra os tsunamis, entre outras melhorias.
O incidente de Fukushima contaminou uma ampla região durante décadas e levou 160 mil pessoas a deixar suas casas.
Os novos critérios serão debatidos a partir de sexta-feira, serão divulgados no fim do mês e a decisão definitiva deve chegar no verão, segundo o jornal Nikkei.
As companhias elétricas estão à espera, com certo temor, das exigências da Autoridade reguladora, que precisa autorizar o reinício dos reatores parados.