Bandeira da Itália (Mario Tama/Getty Images)
EFE
Publicado em 4 de fevereiro de 2018 às 10h16.
Roma, 4 fev (EFE).- O autor do tiroteio racista que deixou seis feridos ontem na cidade italiana de Macerata possuía um exemplar do livro "Mein Kampf" ("Minha Luta"), do ditador Adolf Hitler, além de outros objetos de inspiração fascista, como bandeiras.
Os policiais italianos divulgaram neste domingo algumas imagens da operação realizada na casa de sua mãe, onde encontraram o livro de Hitler, bandeiras com a cruz céltica e publicações como um manual sobre a República Social Italiana instaurada por Benito Mussolini.
O detido pelo tiroteio é o italiano Luca Traini, de 28 anos, que na manhã do sábado percorreu as ruas de Macerata no seu carro enquanto disparava contra pessoas negras, das quais seis ficaram feridas.
O atirador, que militou no partido xenófobo Liga Norte, foi detido quase uma hora depois aos pés de um monumento aos caídos da Segunda Guerra Mundial, fazendo a saudação fascista e coberto com uma bandeira da Itália.
O ministro de Interior italiano, Marco Minniti, declarou ainda ontem que a motivação do ataque é "uma clara questão racial" e que aparentemente o atirador agiu sozinho.
Traini, que foi acusado de delitos como massacre com o agravante de racismo, foi detido na prisão de Montacuto, em Ancona, em regime de isolamento, segundo a imprensa local.
Os investigadores tentam agora determinar qual foi o motivo que lhe levou a iniciar o tiroteio, que poderia estar vinculado ao recente assassinato de uma jovem em Macerata, um crime pelo qual foi preso um jovem nigeriano.