Templo Sikh em Oak Creek, em Wisconsin: homem suspeito de atacar o templo matando seis pessoas era um ex-soldado americano especializado em operações psicológicas (Tasos Katopodis/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 21h21.
Washington - Wade Michael Page, o autor do massacre em um templo sikh em Wisconsin (EUA) que deixou 6 mortos e 3 feridos no último domingo, cometeu suicídio com um tiro na cabeça após ser atingido por um tiro de um policial que tentava contê-lo, informou nesta quarta-feira o FBI.
A agente especial do FBI responsável pela investigação do caso, Teresa Carlson, afirmou que o inquérito aberto para esclarecer a morte do suspeito indicou que Page morreu com um tiro na cabeça, e não por causa do disparo do policial que o atingiu no estômago.
A polícia havia apontado anteriormente que Page tinha sido morto por um dos policiais da equipe de emergência que respondeu ao ataque ao templo situado em Oak Creek, um subúrbio de Milwaukee.
Carlson declarou, além disso, que Page, um ex-militar de 40 anos foi o único responsável pelo tiroteio. 'Ninguém mais é responsável', disse a agente, ressaltando que ainda não determinaram a causa do ataque.
A polícia local e o FBI iniciaram uma investigação conjunta para esclarecer o fato que está sendo tratado como 'terrorismo doméstico'.
Page foi fundador da End Apaty, uma banda de rock que faz apologia da supremacia ariana. As autoridades averiguaram sua casa, encontraram revistas de armas, e estão analisando agora suas ligações telefônicas, e-mails e um depósito que tinha alugado.
Carlson assinalou que a ex-namorada de Page, Misty Cook, foi detida por uma acusação de posse de arma, mas 'não está relacionada com o tiroteio'.
A agente ressaltou que Misty foi interrogada e cooperou com a investigação.
A Polícia interrogou mais de 100 pessoas em todo o país entre parentes, amigos e empregadores de Page.
Carlson destacou a dificuldade do caso pela extensão do lugar para coletar provas. Só no estacionamento onde aconteceu o tiroteio entre a polícia e Page foram recolhidas mais de 139 evidências.
Além disso, estão revisando os vídeos gravados por câmeras de segurança, câmeras de trânsito e outras, mas lembrou que as câmeras do templo estavam desligadas no momento do tiroteio e por isso não há imagens do que aconteceu no interior.
A polícia também encontrou a pessoa que era considerada 'de interesse' para a investigação e que abandonou a cena do crime antes que fosse interrogada pelas autoridades.
Os policiais publicaram uma foto desta pessoa que, segundo Carlson, foi identificada e interrogada e cooperou com a investigação.