Ataque em Istambul: extremista utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga e mirou sempre no tórax das vítimas (Umit Bektas/Reuters)
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 08h30.
O autor do massacre em uma boate de Istambul no dia 1º de janeiro, que deixou 39 mortos, combateu nas fileiras do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, afirmou nesta terça-feira a imprensa turca.
Entrou na Turquia a partir da Síria, onde integrou o EI, razão pela qual "domina o uso das armas de fogo", afirmou o jornal Hurriyet.
O criminoso, que segue foragido, estava treinado para o combate urbano e foi "escolhido especialmente" para lançar o ataque contra a boate Reina, afirmou o jornalista próximo ao poder Abdulkadir Selvi.
O extremista utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga e mirou sempre no tórax das vítimas, afirmaram os jornais Hurriyet e Haberturk, citando fontes da investigação.
As autoridades turcas divulgaram fotos do criminoso tiradas em diferentes ocasiões. Uma delas o mostra em uma casa de câmbio de Laleli, um bairro conservador de Istambul, provavelmente vários dias antes do atentado.
Segundo o jornal Haberturk, o atirador chegou em novembro passado a Konya (sul) com sua esposa e seus dois filhos "para não chamar a atenção".
A esposa do extremista formaria parte do grupo de 12 pessoas atualmente detidas em conexão com o massacre, acrescentou o jornal.
O autor do atentado foi identificado pelas autoridades, que até o momento não divulgaram seu nome ou confirmaram seu vínculo com o EI, sustentou Abdulkadir Selvi.