Protestos: após morte de homem negro por policial, Estados Unidos foi tomado por onda de protestos (Jonathan Ernst/Reuters)
Reuters
Publicado em 1 de junho de 2020 às 19h50.
Última atualização em 1 de junho de 2020 às 20h37.
Dois médicos que conduziram uma autópsia independente de George Floyd, o homem negro cuja morte em Minneapolis sob custódia da polícia na semana passada provocou protestos generalizados pelos Estados Unidos, disseram nesta segunda-feira que ele morreu por asfixia e que sua morte foi um homicídio.
Os médicos disseram que Floyd não tinha condições médicas anteriores que possam ter contribuído para sua morte, e que provavelmente estava morto antes de ser colocado em uma ambulância.
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Isso contradiz a conclusão inicial da autópsia oficial conduzida pelo legista do Condado de Hennepin, que dizia que não havia evidências de estrangulamento "traumático" e também afirmava que doenças arteriais coronárias e hipertensão também contribuíram para sua morte. O relatório completo da autópsia ainda não foi publicado.
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"As evidências são consistentes com asfixia mecânica como causa da morte e homicídio como maneira da morte", afirmou a dra. Allecia Wilson, um dos dois médicos que realizaram a autópsia independente, e que é diretora de autópsias e serviços forenses na Universidade de Michigan.
O dr. Michael Baden, que também participou da autópsia independente a pedido da família de Floyd, disse concordar com as conclusões de Wilson de que a morte era um homicídio.
Baden acrescentou que "a autópsia mostra que o sr. Floyd não tinha problemas médicos subjacentes que causaram ou contribuíram para sua morte".
Baden já trabalhou em diversos casos importantes, incluindo na morte de Eric Garner, em 2014, um homem negro que morreu após ser asfixiado pela polícia na cidade de Nova York.