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Autoprodutores de energia miram eólica no lugar de gás

Diante da ausência de fornecimento de gás pela Petrobras para termelétricas, empresas que geram a própria energia podem se voltar para eólicas


	Rotores de usina de energia eólica: entre os interessados estão Alcoa, Votorantim Energia, Arcelor Mittal, Vale, CSN e Gerdau
 (Orlando Sierra/AFP)

Rotores de usina de energia eólica: entre os interessados estão Alcoa, Votorantim Energia, Arcelor Mittal, Vale, CSN e Gerdau (Orlando Sierra/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 22h41.

São Paulo - Os autoprodutores de energia estão estudando o desenvolvimento de projetos de energia eólica diante da ausência de fornecimento de gás pela Petrobras para termelétricas, disse o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel.

"A energia eólica é uma fonte que estamos estudando com bastante interesse e profundidade, tentando viabilizar para a autoprodução de energia", disse Menel à Reuters nesta quarta-feira.

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, José Alcides Santoro, disse nesta quarta-feira, que não terá gás para fornecer a terceiros até 2020 e que a companhia teria que dobrar as reservas atuais para abastecer todos projetos térmicos em desenvolvimento atualmente.

"Já não estávamos esperando gás disponível para os leilões deste ano", disse Menel.


Os autoprodutores geram energia para o uso próprio. Entre os associados da Abiape estão Alcoa, Votorantim Energia, Arcelor Mittal, Vale, CSN e Gerdau.

As usinas termelétricas a gás natural podem participar dos leilões de energia A-3 e A-5 marcados para este ano, mas precisam apresentar garantia de que terão gás natural para poderem se habilitar à participação.

Sem gás disponível por parte da Petrobras, a tendência é que não haja grande concorrência por parte das térmicas nos próximos leilões, dos quais também participam projetos eólicos, hidrelétricos e de termelétricas a biomassa. Isso porque somente a MPX Energia, empresa do grupo EBX, deverá ter gás próprio para disputar o certame. A empresa já informou que tem 363,2 megawatts (MW) de potência cadastrados para participar dos leilões.

O diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda Farias, já tinha afirmado que poucas térmicas eram esperadas para o leilão A-3 diante da ausência de gás da Petrobras.

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