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Autodefesas do México fecham cerco a reduto de cartel

Grupos de civis armados fecharam o cerco ao redor da cidade mexicana de Apatzingán, principal reduto de seus inimigos do cartel Os Cavaleiros Templários

Grupos de civis armados, as autodefesas, no México: dona de casa e mãe de dois filhos comemorou a chegada dos autodefesas (Alfredo Estrella/AFP)

Grupos de civis armados, as autodefesas, no México: dona de casa e mãe de dois filhos comemorou a chegada dos autodefesas (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 09h31.

Nueva Italia - Os grupos de civis armados denominados autodefesas fecharam o cerco ao redor da cidade mexicana de Apatzingán (Michoacán, oeste), o principal reduto de seus inimigos do cartel Os Cavaleiros Templários, ao se apoderarem no domingo de Nueva Italia, uma localidade chave onde foram recebidos a tiros.

Centenas de homens armados das autodefesas de Michoacán invadiram em caminhonetes Nueva Italia, uma cidade de 40.000 habitantes localizada na sub-região de Tierra Caliente.

As ruas do povoado estavam desoladas, com manchas de sangue em algumas calçadas, após o tiroteio desencadeado quando os civis armados chegaram à prefeitura, constatou a AFP.

Os Cavaleiros Templários "dispararam contra nós de dois pontos e o confronto durou uma hora e meia", relatou à AFP Jaime Ortix, um agricultor de 47 anos de La Ruana (outra comunidade de Tierra Caliente), mobilizado na praça principal junto a centenas de seus colegas armados, inclusive com fuzis AK-47.

Este membro das autodefesas - que desde o início do ano passado pegaram em armas, argumentando a inação das autoridades diante dos crimes dos Templários - afirmou que o tiroteio deixou dois feridos entre suas tropas.

Alguns líderes do movimento se reuniram a portas fechadas com o prefeito e com cidadãos de Nueva Italia para explicar a eles sua estratégia contra o crime organizado, que, com suas extorsões, sugou a economia da região.

Uma dona de casa e mãe de dois filhos que participou da reunião comemorou a chegada dos autodefesas.

"No início apoiávamos os Templários porque acreditávamos que protegiam Michoacán, mas agora a economia está muito baixa, não nos deixam trabalhar, cobram quotas. Se têm vontade, toda a Nueva Italia tem que fechar e as pessoas não os apoiam mais", declarou à AFP esta mulher que, por medo, pediu o anonimato.

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