Refugiados: objetivo é que os solicitantes de asilo nos próximos três ou quatro anos sejam um máximo de 120 mil pessoas (Leonhard Foeger)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 07h10.
Viena - A Áustria vai limitar as solicitações de asilo a um máximo de 30 mil ou 40 mil anuais nos próximos anos, o que contrasta com os cerca de 90 mil pedidos registrados em 2015, informou nesta quarta-feira a imprensa austríaca.
Segundo vários jornais, que citam fontes do governo, a decisão de estabelecer um número máximo de solicitantes de asilo será acordada hoje em reunião em Viena do Executivo com representantes regionais e locais.
O objetivo é que os solicitantes de asilo nos próximos três ou quatro anos sejam um máximo de 120 mil pessoas, o que representa ao redor de 1,5% da população da Áustria, que tem 8,5 milhões de habitantes.
As 90 mil solicitações de asilo de 2015 são algo mais de 1% da população do país e diferentes representantes do governo afirmaram que a Áustria não podia fazer frente sozinha à situação.
O vice-chanceler federal, o conservador Reinhold Mitterlehner assegurou que seu partido advoga por 30 mil solicitantes de asilo durante quatro anos, enquanto seus parceiros social-democratas de governo defendem o número de 40 mil durante três anos, segundo recolhe o jornal "Kurier".
Mitterlehner segura que essa restrição deve ser ainda "aclarada legalmente" para não violar o direito a solicitar asilo, indica Kurier.
Esta medida ocorre quando no sul do país, na fronteira com a Eslovênia, as forças de segurança vão endurecer desde hoje os controles sobre os refugiados e imigrantes que querem entrar no país, segundo o jornal, que cita fontes policiais.
A intenção é realizar um controle individual da identidade e pertences de cada pessoa que pretenda entrar no país.
Aquelesconsiderados imigrantes econômicos ou não tenham documentação serão devolvidos à Eslovênia, enquanto aos solicitantes de asilo só será permitido apresentar sua demanda de proteção na Áustria ou na Alemanha, não em outros países mais distantes como as nações escandinavas.