Combatentes curdos se refugiam em uma casa: dezenas de estrangeiros viajaram ao território sírio para lutar contra o EI junto às Unidades de Proteção do Povo (Yasin Akgul/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2015 às 12h21.
Beirute - Um australiano morreu lutando junto às forças curdas contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na província setentrional síria de Al Raqqah, o principal reduto dos jihadistas, informaram nesta terça-feira fontes curdas.
O comandante das Unidades de Proteção do Povo (milícias curdo sírias), Ridor Khalil, disse à Agência Efe pela internet que o australiano, que foi identificado como Reece Harding, morreu há três dias na zona de Kantari, perto da população de Tel Abiad, fronteiriça entre Al Raqqah e Turquia.
Harding perdeu a vida pelos ferimentos sofridos como consequência dos disparos durante os combates contra o EI nessa área, precisou Khalil.
O comandante curdo sírio acrescentou que o australiano tinha se unido às fileiras das Unidades de Proteção do Povo em 4 de maio e que não sua morte não foi anunciada antes porque primeiro queriam notificá-la à família.
Em sua página do Facebook, os denominados Leões de Rojava, como são chamados os combatentes estrangeiros que lutam junto aos curdos, sublinharam que Harding é o segundo australiano que morre combatendo o EI nas fileiras curdas.
Esta fonte ofereceu uma versão distinta sobre a forma como ocorreu a morte, já que apontou que Harding, que pertencia ao "Batalhão de Sabotagem", faleceu ao pisar uma mina na Síria.
A explosão deixou outros cinco "guerrilheiros" feridos, que foram levados a hospitais.
Dezenas de estrangeiros viajaram ao território sírio para lutar contra o EI junto às Unidades de Proteção do Povo.
O outro compatriota de Harding que faleceu neste país após se unir aos milicianos curdos foi Ashley Johnson, que morreu em fevereiro durante os choques contra o EI na província nordeste de Al Hasaka.