O primeiro-ministro australiano Tony Abbott (D) e o chefe da Polícia Federal do país, Michael Phelan (William West/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2015 às 10h11.
Sydney - As autoridades australianas manifestaram profunda preocupação com a aparição de um médico formado no país em um vídeo de propaganda do grupo Estado Islâmico (EI), no qual ele convoca outros profissionais da área de saúde a unir-se aos jihadistas.
No vídeo divulgado no YouTube, um homem que se identifica como Abu Yusuf explica como viajou até a cidade de Raqa, na Síria, para colocar seus conhecimentos médicos a serviço do EI.
A imprensa australiana identificou o homem como Tareq Kamleh, um médico formado em Adelaide.
"Vi isto como parte de minha jihad", afirma no vídeo, com forte sotaque australiano.
"Eu gostaria de ter chegado muito antes", completa.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, expressou "grande preocupação" com o fato de um médico ter se unido aos mais de 100 australianos que lutam ao lado dos jihadistas no Iraque e na Síria.
"Esta é claramente outra vil tentativa do Daesh (outro nome para o EI) de tentar atrair os australianos e outros", disse Bishop.
A chanceler australiana destacou que unir-se ao EI "não ajuda a população da Síria e do Iraque, e sim a campanha de uma organização criminosa que está matando muçulmanos e não muçulmanos em sua passagem".
A Austrália elevou o nível de alerta para "alto" em setembro e, desde então, organizou uma série de operações de combate ao terrorismo. Na última delas, dois homens foram detidos este mês acusados de planejar um ataque.