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Austrália inicia votação postal sobre casamento homossexual

Antes do dia 7 de novembro, os australianos devem responder à pergunta sobre se deve "ser trocada a lei para permitir que pessoas do mesmo sexo se casem"

Casal: se o sim vencer a pesquisa, o governo conservador permitirá que seus deputados proponham a reforma da Lei de Casamentos de 1961 (lisafx/Thinkstock)

Casal: se o sim vencer a pesquisa, o governo conservador permitirá que seus deputados proponham a reforma da Lei de Casamentos de 1961 (lisafx/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 08h42.

Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 08h43.

Sydney - A Austrália iniciou, nesta terça-feira, a consulta postal para saber a opinião dos australianos sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com o envio de algumas 16 milhões de células.

De acordo com a pesquisa da agência Fairfax/Ipsos, divulgada hoje, 70% dos cidadãos apoiam a legalização da união entre os gays.

O Escritório Australiano de Estatísticas começou hoje a votação, cujo envio será concluído no dia 25, depois que o Superior Tribunal recusou na semana passada um recurso para bloquear a consulta por causa do seu financiamento.

Antes do dia 7 de novembro, os australianos devem devolver e responder a pergunta: "Deve ser trocada a lei para permitir que pessoas do mesmo sexo se casem?". No dia 15 do mesmo mês será anunciado o resultado.

Se o sim vencer a pesquisa, o governo conservador permitirá que seus deputados proponham, antes do Natal, a reforma da Lei de Casamentos de 1961, para especificar que essa união é exclusiva entre um homem e uma mulher.

Mas se o não ganhar, o Governo deixará a reforma de lado, mesmo com os trabalhistas, na oposição, prometeram que, se vencerem as eleições gerais previstas para 2019, organizarão um debate no Parlamento nos primeiros 100 dias do mandato.

A polêmica votação postal foi criticada por políticos e ativistas a favor dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) ao considerar que o Parlamento deveria debater diretamente e pelo temor ao impacto das campanhas de ódio.

A Comissão Nacional de Saúde Mental já advertiu que os membros da comunidade LGBT sofrem com "comportamentos nocivos" que experimentam em seus locais de trabalho, comunidades, redes sociais e mídias tradicionais.

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