Hackers: durante meses, os hackers conseguiram entrar nos sistemas de uma ampla gama de organizações (Reprodução/Thinkstock)
EFE
Publicado em 17 de abril de 2018 às 06h49.
Bangcoc - As autoridades da Austrália denunciaram nesta terça-feira que centenas de organizações do país sofreram ataques cibernéticos depois que os Estados Unidos e Reino Unido acusaram a Rússia de apoiar um grupo de hackers.
Washington e Londres emitiram um alerta conjunto sobre os ataques que asseguram tinham como objetivo infectar "roteadores", os dispositivos que canalizam as transmissões de dados através das redes e que são usados para conectar computadores à Internet.
O objetivo dos hackers era infectar os "roteadores" para "potencialmente lançar as bases para futuras operações ofensivas", segundo o texto do alerta.
O ministro da Segurança Cibernética, Angus Taylor, disse que um "número significativo" de empresas foram afetadas durante o ano de 2017, mas que por enquanto, não há indícios que suas informações tenham sido comprometidas.
"Os roteadores comercialmente disponíveis foram utilizados como porta de entrada, o que mostra que cada dispositivo conectado é vulnerável a atividades maliciosas", disse Taylor, em declarações divulgadas pela emissora "ABC".
"Esta tentativa da Rússia nos lembra que empresas e indivíduos na Austrália são alvos constantes de agentes mal-intencionados estatais e não estatais e que devemos manter práticas rigorosas de segurança cibernética", acrescentou.
De acordo com autoridades americanas, durante meses, os hackers conseguiram entrar nos sistemas de uma ampla gama de organizações, desde provedores de serviços de internet até empresas dedicadas a fornecer serviços importantes para um país, como energia, transporte e saúde.