Mundo

Austrália anuncia novas sanções contra Irã por programa nuclear

O país restringirá o comércio com os setores financeiros e petroleiros do Irã

Mahmoud Ahmadinejad visita instalações nucleares no Irã: o Conselho de Segurança da ONU exige desde 2006 que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio  (AFP)

Mahmoud Ahmadinejad visita instalações nucleares no Irã: o Conselho de Segurança da ONU exige desde 2006 que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 08h12.

Sydney - A Austrália imporá novas sanções contra o Irã em resposta ao descumprimento das resoluções do Conselho de Segurança da ONU com relação a seu programa nuclear, anunciou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores australiano, Kevin Rudd.

As sanções adicionais serão voltadas 'contra indivíduos e entidades implicados nos programas nucleares e de mísseis', e a Austrália ainda 'restringirá o comércio com os setores financeiros e petroleiros do Irã', disse Rudd em comunicado.

O Conselho de Segurança da ONU exige desde 2006 que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio e permita o acesso livre e sem prévio aviso dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Rudd, que se encontra na Europa como parte de uma viagem oficial, também exortou o Irã a adotar os passos necessários exigidos pelo Conselho de Segurança e a AIEA e a 'comprometer-se construtivamente com a comunidade internacional com relação a seu programa nuclear'.

As novas sanções australianas acontecem depois que o último relatório da AIEA acusou o Irã de ter trabalhado na tecnologia necessária para fabricar armas nucleares e após os ataques em Teerã contra a embaixada britânica.

Com as novas sanções, a Austrália, cujo Governo está comprometido em buscar uma solução negociada com o Irã, segue os passos de Estados Unidos, União Europeia e outros países que recentemente adotaram medidas contra o programa nuclear de Teerã.

O Irã, por sua vez, nega taxativamente que seu programa nuclear tenha fins armamentistas e assegura que é exclusivamente civil e para uso pacífico, como a geração de energia elétrica e a produção de isótopos para a luta contra o câncer. 

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaAustráliaIrã - PaísPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Líderes mundiais reagem à posse de Trump

Argentina alcança superávit comercial recorde em 2024

Donald Trump nomeia republicano Mark Uyeda como presidente interino da SEC

Funcionários federais dos EUA entram com processo contra Trump por novo Departamento de Eficiência