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Ausência na Cúpula Ibero-Americana causa mal estar

Segundo a oposição paraguaia, a ausência dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai) é uma posição deliberada dos três

O presidente do Uruguai, José Mujica, minimizou a questão: 'sempre houve ausências, eu não acho que isto seja uma questão planejada' (Juan Mabromata/AFP)

O presidente do Uruguai, José Mujica, minimizou a questão: 'sempre houve ausências, eu não acho que isto seja uma questão planejada' (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h22.

Assunção - A oposição paraguaia considerou nesta quinta-feira como um sinal negativo para a política externa do país a ausência dos chefes de estado dos outros três membros do Mercosul na XXI Cúpula Ibero-Americana, que será realizada nesta sexta-feira em Assunção.

Para o senador Orlando Fiorotto e ex-embaixador em Buenos Aires, membro do principal partido de oposição, o Colorado, a ausência dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Fernández de Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai), não é uma casualidade, e sim uma posição deliberada dos três.

O principal motivo para o desprestígio seria a não ratificação por parte do Paraguai da entrada da Venezuela no bloco comercial. O senador colorado frisou o não comparecimento de Cristina Kirchner, pois essa não é a primeira vez que ela não vai a reunião internacional em Assunção.

'Parece que ela não dá muita importância aos eventos que acontecem em nosso país', disse Fiorotto.

O político disse que a Comissão Exteriores do Senado se reunirá para analisar o assunto na próxima quarta-feira e estabelecer uma posição política diante do assunto. O chanceler do país, Jorge Lara Castro, será convocado para dar explicações.


Segundo o senador, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, usou 'argumentos infantis para justificar o injustificável', em referência aos comentários do governante sobre as ausências.

'Por acaso não nos merecemos maior respeito?', questionou Fiorotto, para quem 'o presidente Lugo começou com pé esquerdo na política externa'.

Para outro senador colorado, Juan César Velázquez, a responsabilidade da situação é do governo paraguaio e de sua atuação no cenário internacional.

Velázquez, que falou para uma emissora local, disse que ou se trata de 'desprezo' a Lugo ou de uma maneira de 'pressionar' o país a aceitar a Venezuela no Mercosul.

O presidente do Paraguai minimizou a questão. 'Sempre houve ausências, eu não acho que isto seja uma questão planejada, como muitas vezes queremos mostrar, ou que esses países deram as costas ao Paraguai ou ao presidente', afirmou o chefe de Estado.

O vice-presidente paraguaio, Federico Franco, afirmou que cúpula terá o brilho diminuído. Além de Cristina, Dilma e Mujica, não participarão desta cúpula os líderes da Venezuela, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Honduras e Nicarágua.

Por outro lado, os reis da Espanha e o presidente José Luis Rodríguez Zapatero são esperados esta noite em Assunção. EFE

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