A líder da oposição em Mianmar, Aung San Suu Kyi, fala em conferência da OIT (Sebastien Feval/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2012 às 19h50.
Copenhague, 16 jun (EFE).- A líder opositora birmanesa, Aung San Suu Kyi, que sofreu quase 23 anos de perseguição política dos que passou a maior parte sob prisão domiciliar, receberá neste sábado em Oslo o Prêmio Nobel da Paz, 21 anos depois que lhe foi outorgado em 1991.
A viagem de Suu Kyi foi possível graças ao processo de reformas que remodelam a autocracia birmanesa em uma democracia parlamentar, desde que a última junta militar se dissolveu e passou o poder a um Governo civil, em 30 de março de 2011.
Suu Kyi, que completará 67 anos na próxima terça-feira, chegou na sexta-feira à Noruega e foi saudada por centenas de pessoas que levavam bandeiras norueguesas e birmanesas no centro de Oslo.
Durante o dia, a líder opositora birmanesa vai participar de uma reunião no Instituto Nobel, de uma audiência com os reis Harald e Sonia no Palácio Real, antes da leitura do discurso, à qual seguirão uma reunião popular e o tradicional jantar com os membros do Comitê Nobel.
Suu Kyi não pôde receber o prêmio em 1991 porque estava sob sua primeira prisão domiciliar, que durou de 1989 a 1995.
A medalha, o diploma e os dez milhões de coroas suecas (algo mais de US$ 1,25 milhão) receberam na época seu marido, Michael Aris, que morreu em 1999, e seus filhos, Alexander e Kim. EFE