Mundo

Aumento de casos de covid-19 força fechamento de escolas nos EUA

No total, mais de 170 mil mortos foram reportados nos Estados Unidos por conta da doença desde o início da pandemia

EUA: reabertura das escolas está marcada para o início do ano acadêmico já neste mês ou no início de setembro (Brendan McDermid/Reuters)

EUA: reabertura das escolas está marcada para o início do ano acadêmico já neste mês ou no início de setembro (Brendan McDermid/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 20h47.

Quase tão imediata quanto foi a reabertura para os alunos, algumas escolas norte-americanas estão fechando as portas por conta da covid-19, no mais recente problema enfrentado pelos Estados Unidos à medida que o país tenta retomar as atividades, enquanto o número de novos casos por dia continua alto na maioria dos Estados.

A reabertura das escolas nos Estados Unidos está marcada para o início do ano acadêmico já neste mês ou no início de setembro. Alguns distritos escolares -- especialmente em centros urbanos -- optaram pelo ensino exclusivamente online, enquanto outros escolheram aulas presenciais ou um híbrido entre os dois.

Mas surtos da doença ou a escassez de funcionários já forçaram a suspensão do ensino presencial em algumas escolas.

No Estado da Geórgia, um terceiro colégio no condado de Cherokee desistiu das aulas presenciais, informou o distrito escolar, que citou um aumento no número de casos positivos no colégio Creekview High School para 25, com quase um terço dos estudantes já em quarentena.

"Como dissemos, desde que anunciamos nossa reabertura, não iremos hesitar em quarentenar estudantes e fechar salas de aula como esforço para continuar operando a escola presencialmente pelo período mais longo o possível", anunciou o distrito em comunicado no domingo, adiando o início planejado para as aulas presenciais de segunda-feira para o dia 31 de agosto.

As escolas do Condado de Cherokee apareceram no noticiário nacional do país neste mês após estudantes postarem imagens nas redes sociais que mostravam os alunos aglomerados nos corredores, muitos deles sem usar máscaras.

O número de novos casos na Geórgia caiu levemente em relação ao pico, mas o Estado reportou mas de 20 mil novas infecções na semana passada e com uma taxa positiva de 12% que sugere que há mais novos casos na comunidade que ainda não foram detectados.

Os problemas no Estado da Geórgia acontecem depois que um distrito escolar no Arizona teve de cancelar as aulas após os funcionários dizerem que não era seguro o retorno às aulas e alegarem estar doentes. O Distrito Escolar Unificado J.O. Combs, na região metropolitana da capital Phoenix, deveria iniciar o ensino presencial nesta segunda-feira, infringindo as orientações de Segurança do Estado.

No Nebraska, um distrito escolar anunciou no sábado que cancelou as aulas após três funcionários testarem positivo e 24 outros entrarem em quarentena por exposição no Distrito Escolar de Broken Bow, cerca de 300 quilômetros a oeste da cidade de Omaha.

No âmbito nacional, os novos casos de Covid-19 caíram pela quarta semana consecutiva, mas as infecções continuam em altos níveis na maioria dos Estados e as mortes ainda estão em média de 1 mil por dia. Mais de 30 Estados possuem taxas de positividade nos testes de mais de 5% e no Mississippi, Nevada, Flórida e Idaho elas estão acima de 16%.

Nova York, uma vez o epicentro do coronavírus no país, tem uma taxa de infecção abaixo de 1%, assim como Connecticut, Maine e Vermont. O governador do Estado, Andrew Cuomo, disse na segunda-feira que as academias poderão ser reabertas a partir da semana que vem.

No total, mais de 170 mil mortos foram reportados nos Estados Unidos por conta da doença, de acordo com uma contagem da Reuters.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEducaçãoEscolasEstados Unidos (EUA)Pandemia

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru