Jihadistas do EIIL mascarados em Mossul, segunda maior cidade do Iraque (Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 22h23.
Washington - A rejeição ao extremismo islâmico é cada vez maior no Oriente Médio, segundo uma pesquisa publicada nesta terça-feira em Washington que reflete uma percepção negativa generalizada da Al Qaeda, do Hamas e do Hezbollah, inclusive nos territórios palestinos.
"A preocupação com o extremismo islâmico é alta em países com substanciais povoações muçulmanas, e no Oriente Médio a preocupação está aumentando", mostrou a pesquisa do Pew Center, realizada em 14 países com grandes populações muçulmanas.
A pesquisa destacou que libaneses, tunisianos, egípcios, jordanianos e turcos estão mais preocupados agora com a ameaça extremista do que há um ano.
Os libaneses são os mais alarmados pelo extremismo islâmico, com 92% dos consultados intranquilos com o radicalismo, número que há um ano era de 81%.
Na Tunísia os inquietos com o extremismo passaram de 71% no ano passado para 80% este ano; no Egito de 69% para 75%; na Jordânia de 54% para 62% e na Turquia de 37% a 50%.
Em Israel, enquanto isso, 84% está desconfortável com o radicalismo islâmico.
Na Nigéria 79% dos indagados tem uma opinião "muito desfavorável" sobre o Boko Haram, o grupo terrorista que sequestrou recentemente centenas de meninas no norte do país.
Segundo a pesquisa, 80% dos entrevistados que professam o islã rejeitam a organização terrorista, assim como 83% dos cristãos é contrária à seita radical.
A consulta revelou também que a maioria dos paquistaneses, 59%, tem uma opinião negativa sobre o talibã, embora 33% disseram não saber ou não quiseram contestar.
Por outro lado, os muçulmanos que acham que os ataques suicidas contra civis para defender o Islã de seus inimigos são justificáveis diminuíram nos últimos anos na maioria de territórios onde a pesquisa foi realizada, e só na Faixa de Gaza há mais pessoas que consideram que este recurso pode ser justificado (65%).
A pesquisa do Pew Center foi realizada entre 10 de abril e 25 de maio com 14.244 adultos de 14 países (Líbano, Turquia, Jordânia, Egito, Tunísia, Bangladesh, Indonésia, Paquistão, Malásia, Tanzânia, Senegal, Nigéria, Israel e territórios palestinos).
A pesquisa aconteceu antes de o Estado Islâmico tomar o controle de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque.