Manifestantes em Port Said: confrontos deixaram 16 mortos e 200 feridos e aconteceram depois da condenação à morte de envolvidos na tragédia em estádio de futebol (Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2013 às 13h42.
Egito - Pelo menos 16 pessoas, 14 civis e dois policiais, morreram neste sábado nos violentos enfrentamentos nas imediações da prisão de Port Said, Egito, enquanto outras cerca de 200 ficaram feridas, segundo fontes médicas informaram à Agência Efe.
O diretor do departamento de hospitais de Port Said, Abderrahman Farah, explicou que todas vítimas fatais morreram baleadas, com exceção de dois, que tiveram hemorragias internas.
Farah acrescentou que todas as mortes ocorreram nos choques entre as forças de segurança e os manifestantes nos arredores da prisão.
O Exército enviou tropas para a cidade para tentar restaurar o clima de tranquilidade e proteger os prédios públicos, anunciou Ahmed Wasfi, general do Estado-Maior, à agência oficial 'Mena'.
Esta é a segunda cidade para onde foram enviadas nas últimas horas unidades das Forças Armadas. Na manhã de hoje, soldados chegaram em Suez, onde ontem à noite ocorreram graves distúrbios, nos quais morreram nove pessoas
Os distúrbios em Port Said começaram após um tribunal do país recomendar a pena de morte para 21 acusados no massacre ocorrido no estádio da cidade no ano passado, que envolveu torcedores de clubes rivais.
Após a decisão, parentes dos condenados e torcedores fanáticos do time local Al Masry tentaram invadir a prisão e enfrentaram com armas de fogo e coquetéis molotov as forças de segurança.
Por meio de um comunicado, o Ministério do Interior informou que dois oficiais da Segurança Central, encarregada de proteger os prédios públicos, morreram baleados.
Segundo o ministério do Interior, foram utilizadas nos distúrbios armas automáticas e até armamento pesado.
Esta nova onda de violência ocorreu um dia depois de nove pessoas morrerem e 584 ficarem feridas, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, nos enfrentamentos registrados em todo o país durante a celebração do segundo aniversário da revolução que derrubou o presidente Hosni Mubarak.